Economia

Falta de chuva já reflete na economia

No Vale do Braço do Norte, por exemplo, parte dos pastos já estão secos e, se não chover forte nos próximos dias, a produção de leite, por exemplo, poderá começar a ser afeta

O tempo seco e quente marca o mês. Nestes primeiros 20 dias, em toda a região sul catarinense, caiu apenas um milímetro de chuva. A média normal do período é de 80 milímetros.

Por isso, esta primeira quinzena já é considerada uma das mais secas da história. “Em 70 anos não tivemos algo parecido”, atesta o climatologista da Estação Oregon, em Tubarão, Rafael Marques.

E o tempo seco e quente, completa Rafael, deve durar até boa parte desta segunda quinzena deste mês. As temperaturas previstas são bastante elevadas para a época do ano. O reflexo direto é sobre a produção agrícola da região.

No Vale do Braço do Norte, por exemplo, parte dos pastos já estão secos. “Se não chover nos próximos dias, a produção de leite poderá começar a ser afeta”, confirma o gerente regional da Epagri, Luiz Marcos Bora.

O ideal é que caia pelo menos 40 milímetros de chuva até o fim do mês para amenizar a situação. Juntas, as cidades de Santa Rosa de Lima, Braço do Norte, São Ludgero, Grão-Pará, Rio Fortuna, São Martinho, Armazém, Orleans e Gravatal são responsáveis pela produção média de 500 mil litros de leite por dia.

O alimento é destinado, quase que exclusivamente para a indústria. Hoje, o produtor recebe cerca de R$ 0,80 por litro de leite. Com a estiagem, o empreendedor do campo ganha mais, mas o consumidor paga caro pelo item. O impacto também é observado sobre o valor dos  derivados, como queijos e iogurtes por exemplo.

No fim das contas, nenhum lado ganha porque o consumo tende a cair e, com isso, a balança se inverte: a perda fica para o produtor.

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