Saúde

Farmácias não recebem Tamiflu

Foto: Divulgação

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A orientação do governo do Estado de que pacientes com sintomas de gripe, mesmo sem confirmação de H1N1, tomem o Oseltamivir (Tamiflu) e o alerta sobre um novo surto da doença no Estado levantaram algumas dúvidas entre a população sobre o uso da medicação.

De acordo com o médico Peter da Silva Henrique, da Pró-Vida, especialista em Clínica Médica, o remédio, por não se enquadrar como um antibiótico, mas sim antiviral, não necessitaria de receita médica para ser comprado em farmácias comuns. 

Contudo, a responsável pelo setor de influenza da Gerência Regional de Saúde de Tubarão, Marlene de Sousa Gonçalves, a medicação hoje não é distribuída em farmácias comuns, estando disponível apenas na rede pública. 

“O uso do medicamento é acompanhado pelos órgãos públicos, até para que se possa ter um controle da situação nas cidades e no Estado e atuar em áreas de risco. O médico é quem faz a indicação da necessidade ou não do remédio, mas a orientação da Secretaria Estadual de Saúde é que o Tamiflu seja ministrado em todos os casos suspeitos de gripe A”, aponta. 

Marlene também assegura que a medicação está disponível em postos e instituições de saúde da região. Para fazer uso, porém, é preciso que o Tamiflu seja prescrito pelo médico, que vai orientar o paciente sobre onde pegar o remédio. 

“O Tamiflu, em geral, não deve ser visto como uma medida preventiva. Em casos em que os sintomas sejam semelhantes aos da gripe, dependendo dos sintomas, pode-se utilizar o Tamiflu associado a um antibiótico, por exemplo”, diz o médico Peter da Silva Henrique. 

Ele ressalta que o tratamento com Tamiflu é geralmente bem tolerado. “Quando presentes, as reações adversas mais frequentes são náusea, vômito, dor de cabeça… O indicado é que o paciente tome o medicamento apenas uma vez ao ano, porque não é normal ter gripe duas vezes no ano”, pontua.

Até o momento, a região tem cinco mortes por H1N1 confirmadas e 68 casos confirmados da doença. A Cidade Azul é que mais preocupa, com 33 casos e três óbitos pela doença, e mais um caso de influenza A em análise de subtipagem. Nas 12 cidades, há ainda seis casos de influenza A sendo analisados para averiguar se são de H1N1 ou H3N2.

Com informações do Jornal Diário do Sul