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Fatma e Ministério Público unem-se para fiscalizar fábrica de ração em Criciúma

Foto: Arquivo / Daniel Búrigo

Foto: Arquivo / Daniel Búrigo

Uma fiscalização mais rigorosa e imediata começou a ser feita à empresa fabricante de ração JBS, no Bairro São Luiz. Após reunião realizada no Ministério Público, ficou definido que a Fundação de Meio Ambiente – Fatma e a 9ª Promotoria de Justiça trabalharão em conjunto para cobrar o quanto antes o fim do odor. O processo ajuizado contra a empresa em 2005 foi desarquivado pelo MP, logo após moradores protocolarem novas denúncias em abril.

Conforme o gerente regional da Fatma, Felipe Barchinski, técnicos da fundação estiveram na tarde de ontem avaliando as documentações referentes ao antigo processo. O intuito é identificar se os termos acordados em 2008, referentes a ação civil, foram cumpridos. “Nós iremos analisar se foi cumprido, mas mesmo que algo tenha sido feito, o problema continua. Algo precisa ser feito em relação aos padrões de emissões para que sejam toleráveis para a sociedade. Isso demanda uma ação imediata nossa”, afirma o gerente.

A empresa está em fase de renovação de licença ambiental o que, conforme o promotor da 9ª promotoria Meio Ambiente, Luiz Fernando Ulysséa, contribuirá na identificação desses cumprimentos no decorrer dos procedimentos. “Conjuntamente estamos atuando para eliminar esse problema, cobrando as devidas adequações, primeiramente de forma extra judicial. Nossa ideia é nos reunimos em mais oportunidades para resolver isso o quanto antes”, pontua.

Conforme Ulysséa, no acordo estabelecido era cobrado a eficiência dos lavadores de gases da fábrica. “Ainda poderemos entrar com ação de obrigação para que se cumpra o estabelecido. Mas, a fiscalização ainda levará um tempo para ser concluída”.  Sobre o desarquivamento do processo, o promotor afirma que durante um período o transtorno havia terminado e as reclamações deixaram de chegar ao MP.

“A empresa sempre nos enviou os documentos de monitoramento e não havia chego mais informações, por isso arquivamos. Com novas denúncias, instantaneamente reabrimos”, afirma. A reportagem tentou entrar em contato com a JBS que, mais uma vez, não quis se manifestar neste momento sobre assunto.

Vereadores acompanham

Na tarde de ontem, alguns vereadores se reuniram com o promotor no Ministério Público para ficarem a par dos próximos encaminhamentos. “Agora, inicia-se o processo de fiscalização e ainda não temos um prazo para emissão de perícia. Mas, saímos daqui bem satisfeitos com os encaminhamentos, porque estão colocando isso como prioridade”, diz Ricardo Fabris. Participaram ainda do encontro os vereadores Tita Belolli, Dr. Mello, Júlio Colombo e o presidente do Bairro São Luiz, Nereu Tinelli.

Saúde Pública

Além do incomodo do mau cheiro, os resíduos de insumos nas proximidades da fábrica, acabam impactando também na saúde da população. “Esse acúmulos a céu aberto acabam ajudando na proliferação de pombos, que geram problemas de doenças e transtornos a população. São medidas preventivas, que iremos cobrar”, diz o promotor Ulysséa.

Com informações do site Clicatribuna