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Febre amarela em SC matou 1.500% mais macacos em 2020; vacinação segue abaixo da meta

Cobertura vacinal é de 70%, enquanto meta é de 95%, com recomendação de todos moradores acima de nove meses serem imunizados; Blumenau é cidade com maior número de notificações

Divulgação

Ao longo de 2020, além da pandemia da Covid-19, outra doença vitimou Santa Catarina. Até então, foram 127 macacos mortos pela febre amarela, com último caso sendo de um bugio em Abelardo Luz, no Oeste.

O crescimento em relação ao ano passado é astronômico: foram 1.500% mais casos do que em 2019, ano em que somente oito macacos morreram por conta da febre.

Blumenau e Campo alegre foram as cidades que mais tiveram casos confirmados nos primatas, sendo que a primeira, no Médio Vale, foi também a que teve mais casos em humanos notificados.

Os animais acabam sendo sinalizadores pois vivem muito próximos dos mosquitos, sendo os primeiros a adoecerem.

“Quando um macaco doente ou morto for encontrado é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde o quanto antes”, alerta João Fuck, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

Nos humanos, também houve aumento, sendo que dois homens morreram em 2019, ao passo que 2020 teve 17 casos confirmados com morte de dois pacientes, em Camboriú e Indaial.

A cidade de Blumenau, no Médio Vale, foi o enfoque, com 30 notificações de casos, sendo sete confirmados. Camboriú, Pomerode, Joinville, e Balneário Camboriú também tiveram número expressivo de notificações no boletim epidemiológico.

“De dezembro até maio é o período que a circulação do vírus tende a aumentar. Isso porque a doença é transmitida pela picada de mosquitos silvestres infectados e o verão, com o aumento da temperatura, favorece a reprodução desses animais”, explica Renata Gatti, bióloga da DIVE/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).

A vacinação segue como o método de prevenção mais eficaz, e segundo a gerente de imunização da diretoria, Lia Coimbra, todos os cidadão acima dos nove meses devem ser vacinados.

A cobertura, até então, está abaixo da meta, com 70,6%, enquanto o ideal seria 95%. O sinal vermelho deve ficar ligado, especialmente, para as pessoas que residem em algum município que já confirmou algum caso de macaco morto ou doente.

A doença é transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas, causa sintomas como febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos nos casos mais leves, e pode gerar problemas renais e doenças cardíacas em quadros mais complicados.

Recomendação na comunicação

Para reportar os casos, o aplicativo recomendado é o SISS-Geo, que possibilita tirar uma foto do macaco e marcar a localização onde ele foi encontrado.

A ferramenta torna-se eficaz pois as informações chegam instantaneamente nos órgãos de saúde.

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