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Fecam anuncia acordo para compra da vacina CoronaVac por municípios de SC

Protocolo de intenções com Instituto Butantan, do governo de SP, será assinado em 10 de dezembro para permitir compra por cidades de SC após registro na Anvisa

Divulgação

A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) confirmou um acordo com o Instituto Butantan para permitir a compra de doses da vacina CoronaVac para municípios de Santa Catarina que tiveram interesse na aquisição. O imunizante contra o novo coronavírus é desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac com parceria da instituição paulista nos testes feitos no Brasil.

O protocolo de intenções a ser firmado entre Fecam e Butantan prevê a possibilidade de que municípios catarinenses comprem doses da CoronaVac depois que a vacina obtiver o registro de uso na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento não estabelece quantas doses poderiam ser adquiridas nem prazos, já que a negociação depende da autorização do imunizante junto à Anvisa. No entanto, segundo a Fecam, há uma estimativa do Butantan de que as doses poderiam ser oferecidas a partir de fevereiro.

A assinatura do protocolo de intenções entre Fecam e Butantan foi marcada para o dia 10 de dezembro, às 14h, na sede do Instituto Butantan, em São Paulo. O presidente da Fecam, Paulo Roberto Weiss, que é prefeito de Rodeio, no Vale do Itajaí, e outros quatro membros do Conselho Executivo da entidade já confirmaram presença.

O acordo também não estabelece os valores para a negociação, mas o Butantan tem uma estimativa inicial de preço de R$ 16 por dose, conforme a entidade catarinense.

O diretor-executivo da Fecam, Dionei Walter da Silva, diz que o contato com o Butantan foi feito depois que alguns municípios procuraram a entidade com intenção de comprar doses da vacina para imunizar profissionais de saúde, professores, grupos de risco e até mesmo a população em geral. Essas compras seriam pagas com recursos próprios dos municípios, o papel da Fecam seria apenas de intermediar a negociação junto ao instituto paulista.

– A gente sabe que a responsabilidade é do SUS, do Ministério da Saúde, mas a partir da hora que começar, vai demorar muito até chegar (a todos os municípios). Então a ideia é alguns municípios comprarem com seus recursos, para imunizarem até mesmo sua população – detalha.

A logística de armazenamento das vacinas ficaria a cargo dos próprios municípios, seguindo regras gerais do Ministério da Saúde já atendidas no caso de outros imunizantes da rede pública. As compras poderiam ser feitas diretamente pelos municípios ou por meio de consórcios regionais.

– A gente vê outros Estados fazendo convênios, o Paraná fez com uma vacina russa, São Paulo fez com essa da China, a Bahia tem convênio também, e Santa Catarina está esperando só o SUS, o Ministério da Saúde. A gente entende a responsabilidade, que o recurso do SUS é para isso, mas entende que na esfera municipal, o prefeito que quiser, possa estar fazendo (a compra) – afirma.

Vacina está na fase 3 de testes, a última antes do registro. A Fecam já havia anunciado no início da semana que estava em negociação com o governo de São Paulo em busca de um acordo para a compra de doses da vacina para municípios catarinenses.

A CoronaVac está na fase 3 dos testes clínicos e deve ter o resultado de eficácia desta etapa, a última necessária antes do pedido de registro, divulgados no início de dezembro.

Em uma entrevista realizada no domingo (22). O presidente da Fecam já havia dito que a iniciativa da federação surgiu com a intenção de que os municípios não perdessem tempo na busca por vacinas.

— O nosso objetivo é que os municípios saiam na frente, já que estamos vendo que o Estado ainda não tomou nenhuma iniciativa nesse sentido. Queremos buscar uma solução em conjunto, pois não podemos perder tempo — afirmou, na ocasião.

A vacina da farmacêutica chinesa Sinovac é alvo de um embate entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defende a vacina como alternativa para imunização contra o novo coronavírus e intermediou o acordo entre Sinovac e Butantan, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já fez críticas à vacina por ter origem chinesa. Em outubro, Bolsonaro chegou a cancelar um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Com informações da NSCTotal

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