Em encontro virtual realizado nesta quinta-feira (4) a entidade representante dos municípios de Santa Catarina formalizou o interesse em adquirir doses da Sputnik V
A Fecam (Federação Catarinense de Municípios) assinou um protocolo de intenções para adquirir doses da vacina Sputnik V, fabricada pelo Instituto russo Gamaleya, no combate a Covid-19.
A assinatura do protocolo foi feita junto com a Câmara Brasil-Rússia na manhã desta quinta-feira (4). O vínculo, conforme nota da federação, visa “desenvolver relações econômicas e financeiras”
A formalização da parceria foi conduzida pelo presidente da FECAM, prefeito de Araquari, Clenilton Pereira. Participou, de maneira virtual, Gilberto Ramos, bem como o senador Dário Berger (MDB).
“A prioridade dos governos deve ser a saúde. Sem resolvermos o problema da pandemia não vamos crescer, não vamos avançar, não vamos prosperar”, disse o senador, lembrando que “todo movimento por vacina que se faz em âmbito municipalista é muito bem visto pelo parlamento brasileiro”.
Para o presidente da Fecam trata-se de busca por alternativas e parcerias na intenção de encontrar soluções no combate a pandemia. Clenilton ainda lembrou a ida da entidade ao Instituto Butantan, em dezembro, em busca da Coronavac.
Câmara Brasil-Rússia
Gilberto Ramos disse que a Câmara Brasil Rússia está “a postos, preparada e a disposição para construir relações com a Federação, principalmente em relação a vacina Sputnik”.
O presidente reforçou interesse de que a cooperação firmada entre os países pelas instituições seja a longo prazo, envolvendo outras frentes em diversos setores.
91,8% de eficácia
O consultor em saúde da Fecam, médico especialista em saúde pública, Jailson Lima, destaca que a Câmara Brasil-Rússia tem relação direta com o fundo de investimentos que patrocinou e subsidiou todo o investimento em pesquisa no Instituto Gamaleya, que produziu a vacina Sputnik.
“Essa vacina tem 91,8% de eficácia. A partir do momento que você aplica a vacina Sputnik significa que 91,8 % das pessoas não terão a doença e apenas o restante poderá ter a doença”, explica Jailson.
O consultor ainda lembra que mesmo que o Governo Federal, via Ministério da Saúde, compre todas as vacinas da Sputnik produzidas no Brasil, não haverá vacinas o suficiente neste ano para imunizar todos os brasileiros dos grupos de risco do Plano Nacional de Imunização. “Se conseguirmos acelerar a aquisição de vacinas, será muito importante”, acrescenta Jailson.
Levantamento da FECAM
A Fecam deverá finalizar nesta semana um levantamento nos municípios catarinenses com intuito de saber quantas doses cada município recebeu até agora via Governo do Estado, quais as vacinas e a organização da estrutura e logística para a aplicação.
Com base nos dados, a Federação iniciará videoconferências com os secretários de saúde e equipes responsáveis, de forma a levantar as demandas e buscar, pontualmente, agilizar questões com o Governo do Estado.
Com informações do NDMais