A greve dos bancários pode ter fim com a oferta de 8,5% de reajuste salarial e de outras gratificações
Uma reunião para retomar as negociações, convocada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), marcou o fim da tarde de ontem. A proposta foi apresentada para os representantes dos bancos privados. Hoje, às 10 horas, ocorre uma reunião com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas Bancárias de Tubarão e Região (SEEBTR), Armando Machado Filho, relata que a nova proposta pode interessar os funcionários. “Ofertaram 8,5% de reajuste sobre o piso salarial, incluindo 8,5% sobre a gratificação anual, a cesta alimentação, o vale refeição, e sobre o 13° da cesta alimentação. As demais verbas como gratificação teriam 7,5% de reajuste”, enumera Armando.
Com a nova proposta, que representa um reajuste de 3% sobre a inflação, uma assembleia do sindicato da região foi marcada para amanhã, às 9 horas. “Vamos apresentar os novos termos. Caso os funcionários aceitem a proposta, a greve encerra e todos já voltam a trabalhar no mesmo dia”, antecipa Armando.
Greves passadas
Em 2010, a greve da categoria dos bancários teve duração de 12 dias. Ano passado, 2011, durou 18 dias. Este ano, a paralisação completa, hoje, oito dias. A reivindicação dos grevistas é por melhorias nas condições de trabalho, participação nos lucros e resultados, além de demandas para os setores de emprego e saúde da categoria.
Bancos entraram na justiça
Os bancos HSBC e Itaú entraram com pedidos de liminares para cancelar a greve nas agências. As ações, contudo, foram frustradas pela justiça trabalhista de Tubarão.
A argumentação é de que o movimento é pacífico e ordeiro, sem impedimento de trabalho para aqueles que preferem não aderir ao movimento.
Nos últimos oito anos, a justiça havia concedido as liminares logo nos primeiros dias de paralisação, o que permitia que bancos privados abrissem as portas.
Notisul