Clima

Fenômeno La Niña deve provocar ‘viradas no tempo’ durante o verão em SC

Previsão indica, porém, que a chuva deve ser um pouco abaixo da média em algumas regiões do Estado, nos meses de novembro, dezembro e janeiro

Divulgação

O fenômeno global La Niña deve provocar temporais mais intensos em Santa Catarina durante o verão, com chance de granizo e ventos fortes. A previsão da Epagri/Ciram indica, porém, que a chuva deve ser um pouco abaixo da média em algumas regiões do Estado, nos meses de novembro, dezembro e janeiro.

Segundo o meteorologista da Epagri/Ciram, os acumulados de chuva devem ser menores no Oeste, Meio-Oeste, Planalto Sul e Litoral Sul neste trimestre, mas nada prejudicial à agricultura.

“Mesmo assim não será o pior cenário para o Estado. Longe da forte estiagem e escassez de chuva que tivemos desde o final do ano passado”, garante.

O meteorologista explica que apesar do aumento do número de temporais, não há a elevação do volume das chuvas. A previsão foi discutida na reunião do Fórum Climático Catarinense, no fim de outubro. A chuva deve ocorrer com totais mais significativos em curto intervalo de tempo.

“A chuva vai ser relativamente frequente, não vai ter espaçamentos muito gran-des como tivemos em boa parte desse ano, com 15, 20 dias sem chuvas significa-tivas”, diz. Assim, a probabilidade é que os próximos meses sejam com uma se-quência de dias com vários períodos de precipitação.

Já no Vale do Itajaí e Litoral catarinense, a chuva deve ficar um pouco acima da média, mas também nada que chame a atenção. E é justamente isso que o La Niña provoca: mais ou menos chuvas em determinadas áreas. Em 2020, o fenô-meno diminuiu o volume de chuvas no Estado.

Média das chuvas

Conforme a Epagri/Ciram, a segunda quinzena de dezembro é mais chuvosa em relação à primeira. A precipitação se concentra especialmente à tarde e à noite, em forma de pancadas passageiras, típicas de verão. A média mensal em de-zembro e janeiro varia de 140 a 200 mm no Estado.

Em novembro, a média de chuvas no Meio-Oeste e Oeste é em torno de 140 a 200 mm. No Litoral, Planaltos e Vale do Itajaí, a precipitação é de 140 a 160 mm, ou seja, uma diferença de 40 mm, o que é considerado alto.

O mês de dezembro será mais chuvosos no Litoral do que no Oeste, o que é con-siderado normal. Em janeiro chove em todas as regiões, mas especialmente no Litoral Norte catarinense.

Temperaturas durante o verão

O La Niña provoca o resfriamento das águas do oceano Pacífico na linha do Equador, entre a Indonésia e o Peru. Dessa forma há interferência de massas de ar, tanto quentes quanto frias, provocando variação nas temperaturas.

Mas não é apenas o fenômeno que age de forma isolada. A circulação marítima, ou seja, o transporte de umidade do mar para continente, e a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), favorecem dias com mais nebulosidade e chuva frequente no Litoral e Vale do Itajaí, especialmente em janeiro.

A temperatura deve permanecer na média para o período. Durante a madrugada e amanhecer, as temperaturas mais baixas podem provocar geada fraca nas áreas altas do Planalto Sul, mesmo de que forma isolada.

Ao longo de novembro e dezembro, no entanto, as massas de ar quente atuarão com mais frequência e serão cada vez mais duradouras. Além disso, as características da primavera devem se manter, com nevoeiros e redução de visibilidade.

Com informações do HCNotícias

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