Esporte

Final do Catarinense escancara abismo entre o estádio Augusto Bauer e o momento do Brusque

Final do Campeonato Catarinense entre Brusque e Criciúma, no próximo sábado, terá 'só' 5 mil espectadores; momento do clube já não condiz com a estrutura que aluga

Foto: Divulgação

Acontece no próximo sábado (8), em Brusque (SC), a partida de número 80 do Campeonato Catarinense, que constitui na grande final da competição que reúne, nesse momento, Brusque e Criciúma. As informações são do ND+

Ainda que exista certa resistência, a verdade é que o Quadricolor é uma realidade no futebol catarinense. Com os últimos anos que representam a melhor fase do Brusque em toda sua história, o autodenominado “Maior do Vale” chegou à sua 3ª final estadual nos últimos quatro anos.

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O período ainda viu o time conquistar ascensão nacional onde foi parar na Série B – com um título de Série D – além de duas edições da Copa SC e outras duas da Recopa Catarinense.

A galeria cresceu tanto nesse tempo que, atualmente, o clube dispõe de uma estrutura aquém do que conquistou dentro das quatro linhas.

Atual campeão catarinense o Brusque busca o inédito bicampeonato de maneira consecutiva. Para isso, no entanto, o time terá que reverter uma vantagem construída pelo seu adversário no Sul de Santa Catarina.

No último sábado o Criciúma venceu o Brusque por 1 a 0 e, agora, joga por um empate dentro do estádio Augusto Bauer para ficar com o 11º título Catarinense.

O Brusque, se quiser ficar com seu 3º título na história, terá que vencer por mais de dois gols de diferença. Em caso de vitória simples, por um gol, a decisão vai para a marca da cal.

Augusto Bauer está pequeno

De propriedade do Clube Atlético Carlos Renaux, o estádio Augusto Bauer comporta, atualmente, cinco mil pessoas. Inaugurado em junho de 1931 o palco já passou por algumas reformas que refletiram na capacidade atual.

Com sua estrutura defasada, o local já tem história no futebol de Santa Catarina e é utilizado pelo Brusque, praticamente, desde 1987, a partir da fusão entre Carlos Renaux e Clube Esportivo Paysandu.

Com recorrentes finais no currículo e até a ascensão no futebol brasileiro, o Brusque carece de um novo espaço para mandar seus jogos. O contrato com o estádio do Carlos Renaux vai até o final de 2023 já que ele vai fechar a fim de entrar em reforma, em 2024.

Para a atual temporada, em contato com o presidente Danilo Rezini, a informação é que o Quadricolor vai “cumprir o contrato” e vai mandar seus jogos no Augusto Bauer até o término da Série C. Para 2024, no entanto, algumas situações estão sendo especuladas.

“Na verdade temos um estádio [O Augusto Bauer] para 5 mil pessoas que está aquém na questão quantitativa, já que não comporta o nosso torcedor, quanto na qualitativa”, concordou o mandatário do Bruscão.

Final com público pequeno
O Brusque chegou à final por méritos. Aliás é a 3ª final nos últimos três anos e, assim como na campanha que culminou com o título, em 2022, o time do Vale do Itajaí chega com melhor campanha que seu adversário.

Diante do Criciúma, mais uma vez por méritos, conseguiu trazer a final do estadual para dentro de Brusque. Em 2022, diante do Camboriú, 4.943 pessoas estiveram no Augusto Bauer e puderam gritar “É, campeão!”.

Para a temporada atual a tendência é que esse número possa ser superado, principalmente, pela força do adversário da vez, o Criciúma, que deve ocupar os 500 espaços inteiros destinados ao setor visitante.

O curioso é que, depois de bater o recorde de público na edição atual da competição no estádio Heriberto Hülse, a expectativa para o jogo decisivo é um terço dessa presença.

Futuro de (desejo de) mudanças

Para o presidente a situação envolvendo a construção de um novo espaço, nesse caso, já passou da hora. Anteriormente apoiados pela possibilidade da Arena Havan, a mais alta cúpula do Brusque sabe que essa alternativa ficou para trás.

A empresa, que deixou de patrocinar o clube no final do ano passado, não deverá dar andamento ao projeto inicialmente sonhado por Luciano Hang e a comunidade de Brusque.

Conforme apurado pela reportagem do Arena ND+, há um espaço cedido pela prefeitura e destinado ao clube para erguer um estádio. O projeto original prevê o espaço dentro do complexo de eventos, denominado Chico Wehnuth.

A concessão do uso do terreno é feito para 20 anos prorrogáveis por mais 20. O Brusque, amparado então pelo caixa da Havan, postulou-se e angariou um terreno com 76.353 m² no local.

Não há, no entanto, nada que diga que o Brusque vá ocupar o espaço nesse momento. Pelo contrário, não há, no momento, empresários interessados em investir no local que pode valer até R$ 15 milhões em caso de uma venda.

O que diz a prefeitura

Em contato com prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), o município confirma sua condição de parceiro do clube e busca alternativas para que o clube tenha um novo espaço.

Uma alternativa, nesse momento mais plausível, diz respeito ao terreno do Sesi, em Brusque. Ari Vequi, no entanto, lembra que o município teria que contar com uma força do Governo de Santa Catarina, por meio do governador Jorginho Mello.

Há uma estimativa que o terreno do Sesi Brusque esteja avaliado em R$ 25 milhões e, uma eventual aquisição, passa pelo aporte estadual. Ainda de acordo com o prefeito de Brusque, existe a intenção da Fiesc (Federação das indústrias do Estado de Santa Catarina) em vender o espaço.

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Apesar das boas intenções envolvendo todas as partes, não há nenhum indicativo, nesse momento, que essa situação vai ser tornar realidade. Segundo Ari Vequi o tema, inclusive, está em espera já que desde a troca no comando do Estado a situação se manteve inalterada.

“Somos parceiros do Brusque e temos interesse, mas é fato que o Criciúma colocou quase 17 mil pessoas lá e nós, aqui, poderemos ter só 5 mil. É um prejuízo também em arrecadação já que poderia ser uma boa oportunidade de aumentar os valores”, opinou o prefeito Ari Vequi.

Com informações do ND+

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