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Foca caranguejeira é encontrada na Praia do Rosa

Foto: Diário do Sul

Foto: Diário do Sul

Os moradores da Praia do Rosa, em Imbituba, foram surpreendidos na madrugada de terça-feira com um visitante diferente. Uma foca caranguejeira, de nome científico Lobodon Carcinophagus, foi encontrada na praia, por volta das 4h30. Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, biólogas do Instituto Baleia Franca (IBF) foram isolar o local, repassar orientações aos curiosos e avaliar o animal. Segundo a bióloga Ana Rita dos Santos Lopes, coordenadora de pesquisas e do Programa de Resgate de Animais Marinhos do IBF, o filhote era macho e media cerca de 1,8 metros.

Durante os dois dias em que a foca esteve no local, moradores voluntários realizaram um revezamento até a chegada da veterinária especialista em animais marinhos Cristiane Kolesnikovas, da ONG R3 Animal.

“O animal estava em boas condições corporais e apresentava pequenas lesões ao longo no corpo, que, segundo testemunhas, foram provocadas por mordidas de cachorros. Para prevenir infecção devido às mordidas, foi aplicado medicamento”, explica a veterinária.

Em caso de encalhe, um protocolo homologado pela APA da Baleia Franca (ICMBio) deve ser seguido. “O objetivo do protocolo é articular a rede de instituições que podem contribuir nos casos de ocorrência de encalhe, seja de animais vivos ou mortos. Neste caso, tivemos o apoio do IBF, Polícia Ambiental, R3 Animal, Polícia Militar de Garopaba e Corpo de Bombeiros de Garopaba, além dos voluntários, que prestaram inestimável apoio”, explicou Luciana Moreira, analista ambiental da APA da Baleia Franca.

O animal foi recolhido pela ONG R3 Animal, com auxílio da guarnição da Polícia Ambiental que atende o Cetas, sargento Marcelo Duarte, integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Garopaba.

Governo catarinense busca retomada do turismo de observação de baleias

Uma reunião para definir estratégias para a retomada do turismo de observação de baleias por meio de embarcações no Estado foi realizada quarta-feira entre o secretário de Turismo de Santa Catarina, Beto Martins, e o presidente da Santur, Valdir Walendowski. A proibição foi imposta há cerca de duas semanas pela Justiça Federal. O motivo seria a falta de medidas que garantam a segurança dos turistas e das baleias.

Segundo a chefe da APA, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, os critérios para a exploração do turismo de observação de baleias são muito rigorosos e que as operadoras turísticas credenciadas são fiscalizadas com frequência. “Fomos surpreendidos com essa ação”, disse ela.

O governo do Estado, junto com as prefeituras de Imbituba, Garopaba e Laguna, associações empresariais e o Projeto Baleia Franca, devem pedir uma audiência com o Ministério Publico Federal e Justiça Federal, na intenção de apontar a importância econômica do turismo de observação de baleias para a região. “O governo estadual quer contribuir e, por isso, estamos oferecendo nosso apoio para que a Justiça entenda a grande necessidade desta atividade turística”, enfatiza Beto Martins.