Segurança

Frei acusado de pedofilia continua preso, agora em cela isolada

Acusado está detido desde a última sexta-feira, no presídio Santa Augusta, em Criciúma

Continua preso de forma preventiva o frei de 69 anos, pároco da igreja Sagrado Coração de Jesus, de Forquilhinha. Na última sexta-feira, ele foi encaminhado ao presídio Santa Augusta, em Criciúma, acusado pela prática de crimes contra dignidade sexual de crianças e adolescentes. Segundo o diretor do presídio, Jovino Zanelato, o frei está em uma cela isolada desde a noite de ontem.

“Colocamos o padre em outro alojamento, em uma cela onde fica o responsável pela biblioteca do presídio. O local tem mais segurança e fica perto da farmácia, caso ele precise de algum atendimento. Além disso, o frei é idoso e tem curso superior ”, explica Zanelato. Até a noite de ontem, o religioso convivia com mais três detentos no presídio, em outra cela.

A prisão do frei foi decretada pelo juiz de direito da comarca de Forquilhinha, Felippi Ambrósio, após prisão formulada pelo delegado de polícia Leandro Loreto, a pedido do Ministério Público. Conforme o delegado, o inquérito corre sobre segredo de Justiça para que a identidade dos envolvidos não seja revelada. “Não podemos falar muito a respeito, mas foram cerca de seis acusações contra o padre, todas elas de Forquilhinha”, revela. Segundo o Loreto, as pessoas relataram os crimes, aos poucos, ao Ministério Público. “A partir das acusações foi instaurado um inquérito que corre em sigilo. As acusações chegaram na delegacia no dia 22 de junho”.

De acordo com o bispo diocesano Dom Jacinto Inácio Flach, a igreja lamenta o ocorrido. “Não gostaríamos que isso acontecesse em nenhum seguimento da sociedade, muito menos dentro da igreja, o que não podemos fazer é esconder o caso”, avalia o bispo. “O frei foi suspenso das suas atividades, e já foi nomeado um novo administrador paroquial para comunidade. Agora temos que esperar a Justiça julgar o caso”.

De acordo com o advogado que auxilia no caso, Werner Becker, o primeiro passo da família do acuso é ter acesso ao inquérito. “Depois disso serão tomadas as medidas cabíveis. Como é acusação criminal, um perito da area é quem pode auxiliar no caso”, explica Becker, sem dar mais detalhes.

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