Segurança

Frieza durante reconstituição do triplo homicídio

A reconstituição do triplo homicídio registrado na madrugada de 12 de fevereiro no Bairro Demboski, em Criciúma, foi realizada na manhã desta segunda-feira.

O autor confesso das três mortes sequenciais, A.L.M., 26 anos, chegou do Presídio Regional de Tubarão por volta das 10h.

Com uniforme da unidade prisional, sem sinal de nenhum arrependimento e demonstrando frieza durante o procedimento, o homem expôs durante cerca de uma hora como matou Antonio Carlos Butuhy, 42 anos, Alain Delon Sebastiao de Avila, 22 anos e Joelma Millnitz, 38 anos.

Oito policiais e o Instituto Geral de Perícias (IGP) participaram da reprodução. Os veículos utilizados para levar as vítimas até o local também deram mais realidade a simulação.

Segundo informações repassadas ao Portal Clicatribuna pelo delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), responsável pelas investigações, Vitor Bianco Júnior, a maior dúvida acerca do triplo assassinato foi em relação a participação de P.M.C., 23 anos, detido em 18 de abril e que dirigia o Chevette com as três vítimas.

Mulher foi a primeira

A primeira a ser assassinada foi Joelma, seguida de Antonio Carlos e Alain Delon. Para evitar que os dois fugissem A. disse que a “bronca” somente era com a mulher, dando a entender que apenas ela seria executada. Para se certificar as duas últimas mortes, A. chegou a desferir mais um tiro em cada um dos homens. Todos os disparos tiveram como alvo as cabeças do trio.

Conforme Bianco Júnior o acusado estava bastante drogado durante o cometimento dos crimes e não se lembrava de algumas atitudes. Para levar as vítimas até o local o acusado justificou uma batida policial no ponto de drogas onde realizavam a prática criminosa de venda de entorpecentes, no Bairro Renascer, tendo como patrão A.F., 37 ano, preso na última quinta-feira.

A. utilizou uma pistola nove milímetros, e depois um revólver calibre 38, que estava em posse das próprias vítimas. Em um primeiro depoimento ele negou qualquer tipo de participação.

Sem surpresas

“Com as provas apresentadas ele acabou contribuindo, confessou e chegou a levar os agentes até Capivari de Baixo onde tinha escondido a pistola. Não tivemos muitas surpresas, nem novidades. O que queríamos constatar era a participação de P. no caso, que também pode ser responsabilizado criminalmente, assim como o executor. P. e A. tiveram algumas divergências nos depoimentos. P. contou em depoimento que não sabia das mortes e que achou que também seria morto”, descreve a autoridade policial.

A Polícia Civil vai juntar os laudos e a nova versão no inquérito. A. também será indiciado por duas tentativas de homicídio, em Meleiro e Forquilhinha, e outro homicídio no Balneário Rincão, cometido um dia depois do triplo homicídio.

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