Economia

Frigoríficos catarinenses preveem ano bom

Um cenário marcado por custos de produção elevados, competição acirrada e inflação à espreita, os frigoríficos catarinenses trabalham em 2013 pela abertura do mercado japonês e pelo incremento dos negócios com a China e Estados Unidos.

No segmento de carne suína, Rússia e Ucrânia continuam sendo os principais destinos. Para o setor de carne de aves, as alternativas são maiores – Europa, Ásia e América Latina.

“Acabamos de receber a habilitação de novas plantas para exportar para a China e certamente em 2013 teremos uma evolução bem maior. Temos mais de 40 plantas habilitadas para exportar aves, suínos e bovinos do Brasil. Já para o Japão estamos apostando todas as nossas fichas para abertura deste mercado para a carne suína”, conta o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila,

O presidente revela que para os negócios com o mercado norte-americano uma missão dos Estados Unidos estará visitando o Brasil e, especialmente, Santa Catarina para a liberação final das plantas habilitadas. “Ao mesmo tempo estamos preparando nossas plantas com um treinamento específico com pessoal capacitado dos Estados Unidos”, completou Ávila à reportagem do Clicatribuna.

Ano complicado para a indústria

Após um 2012 complicado para a indústria da carne com a crise do encarecimento dos insumos que atingiu o país no ano passado Ávila, diz que todos os setores da indústria da carne continuarão a sofrer pelos elevados custos dos insumos.

A nova safra já está sendo comercializada a futuro com patamares de preços similares a 2012 – o que continuará afetando a competitividade da indústria catarinense. O Sul do Brasil e São Paulo foram os estados mais afetados, principalmente pela falta de crédito ao capital de giro. Das empresas afetadas, parte fechou e outra parte foi vendida.

Mesmo que as próximas safras mundiais normalizem o mercado, iniciará a reposição dos estoques de segurança alimentar – os quais neste momento são muito menores que o necessário. Por isso, o setor continuará a alinhar seus preços em função dos custos já absorvidos, tanto no mercado interno como no mercado externo.

Apesar disso “O ano é promissor para a cadeia produtiva da carne”, assinala. Ele está convencido que, apesar dos desafios, este ano será melhor que o anterior. Santa Catarina necessitará importar, novamente dois milhões de toneladas de milho este ano, que segundo o presidente, serão buscadas novamente no Paraná, Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso e Góias.