Saúde

Funcionários do Hospital São José poderão suspender serviços neste sábado

Sem receber em dia, os funcionários do Hospital São José se comprometeram em entrar em greve caso não recebam os pagamentos até o quinto dia útil do mês.

Foto: Daniel Burigo / Arquivo / Clicatribuna

Foto: Daniel Burigo / Arquivo / Clicatribuna

Sem receber em dia, os funcionários do Hospital São José – HJS se comprometeram em entrar em greve caso não recebam seus pagamentos até o quinto dia útil do mês. Os serviços deverão ser paralisados no sábado (7), mas sem incluir os corpo médico da instituição. Conforme a diretora administrativa do hospital, Irmã Terezinha Buss, a informação foi repassada à diretoria por meio de um ofício assinado pelos colaboradores.

“Havendo greve de funcionários, é muito difícil o hospital continuar funcionando. Estamos fazendo o possível para reverter essa situação, porque está chegando o inverno e com isso as doenças se evoluem”. O atraso em pagamentos se deve a falta de repasses por parte do Governo do Estado. A dívida referente à contratualização, está acumulada de julho de 2015 a março deste ano em R$ 15 milhões. Para buscar soluções, a diretoria do HJS se reúne hoje a tarde em audiência com o Secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing, em Florianópolis.

Deverão participar desse encontro representantes de outros hospitais do Estado que enfrentam dificuldades financeiras, conforme o diretor do hospital, Altamiro Bittencourt. “Tentaremos viabilizar algum pagamentos, porque não temos o valor necessário para cobrir a folha de pagamento. Agora, o que mais queremos é evitar qualquer tipo de paralisação nos serviços”. Ainda conforme Altamiro, o município teria ficado comprometido em repassar R$ 1,5 milhão para as contas do hospital.

“Ainda não caiu para nós. Ainda assim, é um valor que não contempla a folha de pagamento e os salários dos médicos”, frisa.

Empréstimo bancário

A falta de recursos para pagar funcionários tem deixado a direção do Hospital São José sem muitas alternativas. Caso as negociações com o Governo do Estado não tragam os resultados desejados, um empréstimo poderá ser pego pela instituição. “Em último caso iremos tentar um empréstimo bancário, apesar de todos os juros altos. Se não tivermos os repasses, iremos tratar dessa medida de forma imediata”, diz Altamiro.

Corpo clínico

Conforme Altamiro, a agenda de sobreavisos do corpo clínico ainda também não teriam sido passadas para a direção. “Presume-se que só as receberemos se sair o pagamento. Então, pode ser que eles não venham a atender alguns serviços, o que não quer dizer que a urgência e emergência não irão funcionar. Mas, se ocorrer, as consultas eletivas podem sofrer impactos”.  Mas, a princípio, qualquer possibilidade de paralisação não é cogitada pelo corpo clínico.

Durante a noite de ontem os médicos se reuniram com o chefe de serviço para tratar do assunto e reavaliar possibilidade de greve. “Desde fevereiro estamos mantendo uma negociação com a diretoria do hospital, que conseguem passar para nós alguma coisa. Mas ainda existe um sobreaviso que está pendente, que deveria ter sido pago até 30 de abril, mas ainda não foi. Optamos por dar mais um voto de confiança, pelo menos até dia 31 de maio”, diz o diretor do corpo clínico, Gervani Bueno.

Uma nova reunião para tratar dos serviços prestados está agendada para o dia 24 de maio.

Com informações do site Clicatribuna