Segurança

Gaeco investiga irregularidades na Fatma

Na tarde desta terça-feira, três servidores foram afastados do cargo

Foto: Marcelo de Bona/Engeplus

Foto: Marcelo de Bona/Engeplus

Corrupção passiva e ativa, associação criminosa, e uma série de crimes ambientais estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) na Fundação do Meio Ambiente (Fatma) de Criciúma. A operação, deflagrada no início da tarde desta terça-feira, resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária.

“O alvo principal é a Fatma, com suspeitas e provas contundentes de crimes de corrupção, associação criminosa, envolvendo especificamente a emissão de licenciamentos ambientais. A maioria das questões investigadas estão em Criciúma e região, Morro da Fumaça, e alguma coisa mais ao sul”, informa o promotor Mauro Canto da Silva.

A investigação, que teve início ainda em 2015, não aponta um determinado setor de atuação nas fraudes ambientais. “Nós continuamos a investigação ao longo deste ano e fizemos novas diligências, interceptações telefônicas, e culminou hoje com essa operação na busca de mais elementos de prova, que vão subsidiar uma eventual ação penal. O gerente regional da Fatma foi notificado do afastamento de três servidores. A principio, essa operação encerra-se hoje. Não descartando a possibilidade da análise de todos os dados que nós coletamos hoje e termos novas fases, com a inquirição de novas pessoas. Ninguém está a salvo e livre de qualquer investigação”, ressalta.

Além de fraude no licenciamento ambiental, alguns procedimentos legítimos eram atrasados ou facilitados dependendo de um acerto financeiro. Foram recolhidos documentos, computadores e telefones na sede da Fatma. Inicialmente, os três servidores serão afastados por 90 dias.

“Vamos permanecer durante toda semana com interrogatórios, durante a manhã e a tarde. Esperamos colher tantas outras informações como as que já temos, corroborando ainda mais nos indícios contundentes de corrupção. Ao que tudo indica, essa corrupção se dava tanto para a emissão ilegal de licenças no órgão ambiental, assim como a retenção da licença legítima até que fosse efetuado o pagamento. São situações que ainda serão apuradas até chegar ao resultado final”, destaca o promotor de Justiça Diego Rodrigo Pinheiro.

Durante a execução de um dos mandados de busca e apreensão nas residências dos servidores ainda foram apreendidas duas armas de fogo, sendo uma delas sem registro.

Com informações do site Engeplus