Economia

Gasolina deve ser reajustada em 7%

Governo deve anunciar percentual de aumento nos próximos dias

As especulações sobre o aumento da gasolina que vem ocorrendo desde setembro do ano passado passaram a ser mais concretas desde ontem quando o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, confirmou defasagem no preço da gasolina de 7% em relação ao internacional. O reajuste pedido pela Petrobras chega a 15%. A estatal justifica perda na capacidade de investimentos. Apesar dessa defasagem o governo não sabe quando o aumento ocorrerá e deverá analisar o melhor momento para o reajuste.

O presidente do Sindicato dos Revendedores e Varejistas de Combustível de Criciúma e Região (Sindicomp), Quintino Pavei, avalia que, pelo discurso do Ministro, a gasolina pode subir 7% e o diesel entre 4% a 5%. “O índice e o dia exatos não são sabidos. Existe uma expectativa muito forte que o aumento aconteça e possivelmente até o final deste mês”, destacou Pavei em entrevista ao site Clicatribuna, reforçando que um aumento no patamar de 15% seria vetado pela presidência.

Redução na tarifa do FIS e Confins

Conforme o presidente, o governo estuda possibilidades de compensar este aumento ao consumidor e controlar a inflação. “O governo pensa em equilibrar este aumento com reduções nas tarifas de FIS e Confins e no percentual da quantia do álcool anidro na gasolina, passando dos atuais 20% para 25%. O aumento de 5% já ajudaria”, explica o presidente, observando, porém, que no momento não há álcool para suprir essa demanda maior. “O auge da safra da cana-de-açúcar ocorre no final de abril e início de maio”, coloca.

A gasolina não sofre reajuste há três anos na região e há dez se mantém no patamar de R$ 2,45 aos atuais R$ 2,75 em média. “Houve momentos que ela esteve mais barata e em outros mais cara, chegando até a R$ 3. Em média, tivemos um aumento de 12% em 10 anos”, acrescenta Pavei.

Janeiro e fevereiro são tradicionais para promoções

De acordo com o presidente do Sindicomb os meses de janeiro e fevereiro são mais tradicionais nos postos de venda com a prática de promoções. “É um período de baixa temporada e muitas vezes pode até baixar o valor do combustível”, comenta Pavei.