Segurança

Gerente do presídio Santa Augusta é alvo de ataques

Disparos de arma de fogo podem ter sido desferidos por quatro homens que estavam em duas motocicletas.

A tarde deste domingo foi de susto e medo para a família do gerente do Presídio Santa Augusta, em Criciúma, Jovino Zanelato. A casa dele, situada no Bairro São Francisco, foi alvo de quatro tiros. Um veículo Corsa, que pertence ao cunhado do vizinho, estacionado próximo da residência dele, também foi atingido por dois disparos. Ninguém se feriu.

Segundo a mulher dele, Ana Claudia Zanelato, eles dormiam no quarto quando escutaram o barulho de uma moto, seguido dos tiros.

Os dois filhos do casal, de 11 e 13 anos, estavam em outros cômodos da casa. Os tiros atingiram as paredes da sala, onde não havia ninguém no momento. "Minutos antes tinha umas dez pessoas aqui na frente, inclusive crianças. Moramos aqui há sete anos e nunca houve nada parecido", lembra.

Dupla em uma moto

Algumas testemunhas viram dois homens em uma moto, que atiraram em frente à casa e também quando entraram em uma rua ao lado, atingindo o veículo. Um Boletim de Ocorrência foi registrado pelo gerente do Santa Augusta e as cápsulas recolhidas para investigação.

Em torno de 20 minutos depois dos ataques, enquanto a reportagem esteve no local, um homem, de chinelo, em uma moto sem retrovisores, passou pela rua, empinando o veículo e encarando quem estava à frente da residência. "Tentei anotar a placa, mas foi muito rápido. Achei bem estranho", caracteriza Ana Claudia.

Vingança devido apreensões

Zanelato acredita que a ação tenha sido motivada em represália a medidas de segurança tomadas neste final de semana dentro do complexo. Um banco, detector de metais, foi instalado para coibir a entrada de objetos ilícitos. A nova aquisição já apresentou resultados.

Na manhã de sábado, durante o período de visita, duas mulheres foram denunciadas pelo aparato. C.R.G., 28 anos, estava com dois torrões de maconha, do tamanho proporcional a uma caixa de fósforo pequena. Já M.M.S.E., 34 anos, portava um aparelho celular. Droga e telefone estavam introduzidos na vagina. C. foi presa e recolhida ao complexo de reclusão.

"Em função do reforço na segurança acredito que algumas pessoas, já mal intencionadas, não estejam de acordo com a forma com que o presídio vem evoluindo para evitar que qualquer objeto que não deva ingresse na unidade. Não será isso que vai nos fazer parar de trabalhar em prol do bom funcionamento da unidade", conclui o gerente. A Polícia Civil está a cargo do caso.

A Tribuna