O temporal já causou a morte de uma pessoa, deixou 781 desalojados e 104 desabrigados

Foto: Governo de SC, Divulgação
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), negou que tenha ocorrido qualquer falha nos sistemas de proteção e na Defesa Civil durante as fortes chuvas que atingiram o estado entre quinta (16) e sexta-feira (17). O temporal já causou a morte de uma pessoa, deixou 781 desalojados e 104 desabrigados, além de levar pelo menos dez municípios a decretarem estado de emergência.
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, Jorginho destacou a eficiência das equipes de resposta do estado:
— Na nossa avaliação, e debatemos bastante isso, não houve falhas na atuação da nossa proteção e da Defesa Civil, que é uma das melhores do Brasil. Nenhum modelo meteorológico apontou algo diferente do que já estávamos acompanhando — afirmou o governador.
Ele reforçou que o governo estadual está totalmente mobilizado para atender as cidades afetadas e que o Governo Federal já ofereceu apoio, embora, segundo ele, a situação esteja sob controle.
— Todas as forças de segurança estão de prontidão, como sempre estiveram. É um evento preocupante, principalmente porque atinge a Capital, mas se compararmos com as chuvas de 2023, o impacto é menor. Naquela época, foram 26 mil pessoas atingidas, agora são mil em sete municípios — comparou.
Previsão falhou em indicar a intensidade da chuva, admite Defesa Civil
O secretário da Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, reconheceu que os modelos meteorológicos utilizados não conseguiram prever a intensidade da chuva que caiu sobre o estado.
— Todos os modelos meteorológicos que utilizamos, e não foi apenas um, indicavam circulação marítima com previsão de 50 a 70 milímetros de chuva. Nenhum deles apontou para o volume extremo que ocorreu — explicou.
Risco de deslizamentos aumenta com solo encharcado
Com o acumulado de chuvas, o principal risco agora é a ocorrência de deslizamentos de terra, especialmente em áreas de encostas e morros.
— A atenção precisa ser redobrada, pois os deslizamentos são muito mais letais do que alagamentos e outros tipos de desastre — alertou Fabiano.
As equipes de Defesa Civil continuam monitorando as áreas de risco e orientam a população a seguir os alertas oficiais e evitar locais vulneráveis.