Governadora em exercício disse que não serão feitos fechamentos "bruscos"
A governadora em exercício Daniela Reinehr (sem partido) reconheceu que o momento atual da pandemia em Santa Catarina é “extremamente difícil”, mas voltou a descartr um lockdown. Em uma entrevista nesta segunda-feira (12), a gestora afirmou que ações “bruscas” de fechamento de comércio e serviços não serão adotadas.
— Quando for possível avançar, a gente avança [ao se referir às medidas restritivas]. Se em caso de necessidade efetiva de recuar, a gente recua, mas o entendimento é de não ter que fazer nenhum fechamento brusco, nenhuma restrição brusca — disse Daniela.
Segundo Daniela, o decreto em vigor passou a ser avaliado semanalmente e as medidas buscam o equilíbrio entre a saúde e a economia. O decreto em vigor atualmente foi publicado antes do afastamento de Carlos Moisés (PSL) do cargo.
— O vírus vai estar aí sabe lá por quanto tempo. Temos já mais de 12 meses convivendo com a Covid e o vírus vai continuar ai. A gente precisa equalizar a saúde pública com os nossos hábitos da vida diária e com responsabilidade, respeitando a economia — afirmou.
O decreto com medidas restritivas foi prorrogado na sexta-feira (9) e passa a valer até as 6h do dia 26 de abril. Comércio de rua e shoppings podem funcionar com limite de 25% da ocupação em horários escalonados — das 8h às 20h e 10h às 22h, respectivamente.
— É um momento extremamente difícil. Ninguém imaginaria receber o estado numa condição como essa que a gente está enfrentando agora. Existe uma necessidade muito grande de lutarmos pelas vidas — comentou.
Santa Catarina ultrapassou a marca de 12 mil mortos e já registrou 834.448 casos de Covid-19. A taxa de ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 95,53% nesta segunda-feira. São 139 pacientes que aguardam por um leito de UTI.
Ela defendeu ainda o que chamou de atendimento imediato dos pacientes com a Covid-19. Conforme Daniela, o governo trabalha na elaboração de campanhas educativas que destaquem a importância do tratamento logo nos primeiros sintomas da doença.
— O foco no atendimento imediato, que as pessoas busquem o atendimento diante dos primeiros sintomas e que o estado esteja preparado para tratar cada um dos pacientes, fazer a testagem e isolamento quando necessário — pontuou.
Com informações do NSCTotal