Geral

Governo e Senai assinam convênio para capacitar mais de 2 mil detentos para trabalho têxtil

Na avaliação do governador Carlos Moisés, a iniciativa possibilitará uma ressocialização dos detentos por meio do trabalho

Divulgação

O Governo do Estado e o Senai estão somando forças para ampliar o número de detentos aptos a trabalhar no sistema prisional de Santa Catarina. O governador Carlos Moisés assinou nesta segunda-feira, 9, um convênio para possibilitar o treinamento de 2,1 mil apenados em cursos profissionalizantes na área têxtil. O investimento do Governo na ação, incluindo a construção de galpões e a compra do maquinário, supera os R$ 30 milhões. Para o Senai, serão destinados quase R$ 1,1 milhão para as atividades de capacitação de 81 turmas.

Na avaliação do governador Carlos Moisés, a iniciativa possibilitará uma ressocialização dos detentos por meio do trabalho. Ele lembra que Santa Catarina já possui um modelo de trabalho no sistema prisional que é copiado por outras unidades da federação. No caso da unidade de São Cristóvão do Sul, por exemplo, 100% dos apenados desempenham alguma atividade laboral.

“O que nós estamos promovendo é uma nova capacitação em parceria com a Fiesc e o Senai. Vamos adquirir novos equipamentos que darão condições de trabalho aos internos. Vamos qualificá-los para logística e produção de peças de vestuário”, diz Moisés.

São quatro opções de aulas: Costura Industrial, Manutenção de Máquinas de Costura, Auxiliar de Logística e Noções de Corte e Serigrafia. Em um primeiro momento os detentos deverão produzir os novos uniformes para os alunos da rede estadual de ensino. Segundo o secretário de Administração Prisional Socioeducativa, Leandro Lima, a iniciativa inicialmente abraçará as unidades de Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Itajaí e São Miguel Do Oeste. Ele ressalta que o Estado já iniciou o processo para a construção de 18 galpões pré-moldados e do maquinário têxtil, num investimento de aproximadamente R$ 30 milhões.

“Temos o objetivo de atender demandas do próprio Estado proporcionando a redução de penas e a ressocialização. Faremos o treinamento e a capacitação para que esse detento volte para a sociedade em condições de cumprir o seu papel como cidadão”, conta Lima.

Para o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, o setor industrial já possui uma série de empresas que atuam junto ao sistema prisional. O empresário destaca o caráter social do ato: “É uma iniciativa louvável do Governo do Estado, de dar oportunidade aos detentos de adquirir uma profissão. Também acredito que essa é uma medida inteligente, pois ajuda a equacionar a questão de sociabilidade dos apenados”, destaca Aguiar.

Quase 5 mil detentos trabalham no sistema prisional catarinense, o que representa cerca de 20% do total. Essa cifra já chegou a 31%, porém houve uma redução por conta da pandemia. A expectativa do Governo do Estado é que as primeiras turmas sejam capacitadas até o começo de outubro.

Notícias Relacionadas

Dólar cai para R$ 5,13 com redução do pessimismo externo

Bolsa recuou 0,34%, com perspectiva sobre juros no Brasil

Dia do Livro é comemorado por turminhas da Educação Infantil do Colégio Satc

Além do incentivo à leitura, data envolveu a linguagem, criatividade e o faz de conta

Dinheiro desviado do SUS comprou apartamento milionário em Balneário Camboriú, diz PF

Operação ocorre em mais dois estados além de Santa Catarina

Tigre aproveita “folga” para fazer melhorias no gramado do Majestoso