Geral

Grávida de Canelinha, que foi assassinada e teve bebê roubado, é homenageada com nome de escola

Unidade da rede de ensino municipal foi chamada de Flávia Godinho Mafra. Vítima era professora e foi assassinada em 2020.

Foto: Prefeitura de Canelinha

A professora Flávia Godinho Mafra, que foi assassinada em 2020 e teve o bebê roubado do ventre em Canelinha, na Grande Florianópolis, recebeu uma homenagem. O nome dela foi dado a uma escola da rede municipal de ensino.

O crime que chocou o estado aconteceu em 27 de agosto de 2020. A vítima foi assassinada por uma mulher, que retirou o bebê dela e deixou o corpo da professora em uma cerâmica desativada da cidade. A acusada foi condenada em novembro de 2021 a 56 anos de prisão.

A Escola de Educação Básica Municipal Flávia Godinho Mafra foi inaugurada em uma cerimônia na noite de quinta-feira (1º). A unidade fica no bairro Cobre. A instituição receberá cerca de 250 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

“Esta entrega tem uma enorme representatividade, e é uma grande homenagem à professora Flávia Godinho Mafra, sem sombra de dúvidas, uma pessoa que nos ensinou muito em um curto período de vida, sempre com um sorriso no rosto e um amor inexplicável por lecionar”, declarou a secretária municipal de Educação, Fernanda Dias Jacintho.

A prefeitura também compartilhou uma homenagem feita a Flávia, destacando a simpatia e o amor pela profissão.

“Como professora, nos deixou inúmeros exemplos: o respeito por todos que encontrava, o amor pelas crianças e a simplicidade como a forma mais encantadora de encarar a vida. Homenageamos uma grande mulher, que nos deixou um legado de amor e respeito ao próximo”, diz a nota.

Barriga cortada por estilete

Segundo as investigações da Polícia Civil, a professora grávida morreu em uma cerâmica abandonada. Ela foi golpeada diversas vezes na cabeça com um bloco de barro, ficou desacordada, teve a barriga cortada por um estilete e a bebê que gerava foi retirada do ventre.

O laudo da perícia apontou que a vítima morreu em decorrência da uma hemorragia.

A mulher denunciada pelo MPSC e a vítima se conheciam. No dia do crime, a acusada escondeu o corpo em um forno de uma cerâmica da cidade.

Em seguida, a acusada se encontrou com o companheiro, que naquele momento acreditava que a mulher estava grávida. Os dois foram até o Hospital de Canelinha, informaram que a bebê deles tinha nascido e que o parto havia sido feito em via pública.

A equipe do hospital que atendeu o caso percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar. A Polícia Civil instaurou um inquérito e passou a investigar o caso.

Companheiro absolvido

Além da acusada, o companheiro dela foi preso suspeito do crime. Porém, o homem foi solto em 7 de outubro de 2020. Em 27 de julho de 2021, a Justiça catarinense o absolveu.

Segundo o promotor que cuida do caso, Alexandre Carrinho Muniz, o companheiro da acusada não sabia sobre o plano de matar a professora e nem de que a própria companheira simulava uma gravidez. Portanto, não tinha qualquer envolvimento com o crime.

Com informações do g1 SC

Notícias Relacionadas

Caminhão carregado cai no rio após ponte desabar em SC

As equipes já estão empenhadas na reconstrução da ponte

Sem Arthur Caike, Criciúma terá a volta de dois titulares contra o Juventude

PRF usará drones para fiscalizar BR-101 e Via Expressa em SC

Além dos drones, a PRF planeja utilizar câmeras fixas para o videomonitoramento

Carros, relógios de luxo e dinheiro são apreendidos em investigação sobre esquema de compra de veículos em SC

A operação, denominada "Hot Wheels", foi realizada nesta quinta-feira (25) e contou com a participação de 30 policiais