Educação

Greve dos professores começa a ganhar ‘corpo’ em Lauro Müller

Foto: Antonio da Luz/Sul in Foco

Foto: Antonio da Luz/Sul in Foco

Sem previsão de acordo entre trabalhadores e governo, a greve dos professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina já dura 57 dias. Na última assembleia da categoria, na quinta-feira da semana passada, os professores não aceitaram a proposta do governo de garantir anistia aos grevistas para retomar as atividades. O argumento principal é de que o governo pouco avançou nas reivindicações que motivaram a greve, como a descompactação da tabela e o piso da categoria.

Em Lauro Müller o movimento que até ontem era bastante acanhado, com apenas uma meia dúzia de professores parados, a partir de hoje começa a ganhar corpo com a adesão de novos profissionais.

Na escola Walter Holthausen, a maior do município, com 47 profissionais, até ontem, apenas cinco professores estavam em greve. Porém hoje (19), o número de profissionais parados já chega a 15, podendo aumentar no decorrer do dia.

De acordo com o diretor da escola, Henrique Teixeira Machado, apesar das novas adesões, a escola continua aberta e as aulas são mantidas em horário especial.

Nas outras duas escolas estaduais, Visconde de Taunay (centro) e Ernani Cotrin (Guatá), apenas quatro professores do Visconde aderiram à greve.

Dados da Gered

Segundo a gerente regional de educação da Gered de Criciúma, Juci Fernandes, ontem (18), dos 1906 professores da região, pelo menos 750 estão em greve. "A maioria está trabalhando, mas e esse número oscila diariamente. A cada dia tem profissionais retornando e aderindo. Já tivemos 850 em greve, e o número já reduziu. O nosso objetivo é garantir os 200 dias letivos aos nossos estudantes", registra.

Última paralisação

A última greve dos professores da rede estadual ocorreu em 2011 e os docentes paralisaram as atividades por 62 dias. Foi a maior greve da categoria já registrada no estado. Existe a clara possibilidade de que a greve deste ano ultrapasse os dias parados de 2011.