Saúde

Hospital de Timbé reabre portas nesta quarta-feira

No fim da tarde dessa terça-feira (9), os funcionários foram chamados pela diretoria do Hospital Santo Antônio, de Timbé do Sul, que deu a notícia da reabertura do hospital, marcada para hoje. A portas haviam sido fechadas para atendimento à população no dia 5 de julho por falta de recursos. Os 16 funcionários e corpo médico não recebiam os salários há nove meses.

Segundo a Secretária Executiva do Hospital, Celir Panatto Netto, nem todos os 16 funcionários voltarão às atividades e vagas nas áreas administrativa, enfermagem e serviços gerais serão abertas. Já o corpo clínico formado por médicos foi terceirizado, mantendo o plantão emergencial 24 horas. Após a reunião com os funcionários, os médicos também conversaram com a diretoria e decidiram se manter atendendo no hospital.

"Os salários atrasados ainda não foram pagos, mas a promotoria nos tranquilizou, garantindo que está fazendo as cobranças necessárias", explica Celir, que diz que hoje foi dia de faxina no hospital. "Estamos fazendo a limpeza e a desinfecção, e amanhã, a partir das 7h, estaremos abrindo as portas para a população, mantendo o atendimento 98% SUS", comemora.

A prefeitura de Timbé do Sul não havia renovado um convênio que garantia cerca de R$ 15 mil mensais, utilizado principalmente para custear os honorários médicos dos plantonistas que atendiam em regime de 24 horas no hospital. De outro lado, uma emenda parlamentar assinada em 31 de março por quatro deputados do Sul no valor total de R$ 200 mil, que representava a luz no final do túnel, não foi repassada.

Em regime de urgência, a promotora pública da 1ª Vara de Turvo, Juliana Ramthun Frasson, instaurou a Ação Civil Pública pedindo providências imediatas. O pedido foi acatado pelo juiz Manoel Donisete de Souza, que determinou que, em um prazo de cinco dias, o município de Timbé do Sul, através do seu prefeito Eclair Alves Coelho, renovasse o convênio, o que já foi feito.

Também foi determinado que o Estado transfira sob pena de sequestro de valores e multa diária de R$ 10 mil, a importância de R$ 200 mil reais, referente ao convênio que chegou a ser celebrado, mas não foi depositado antes do prazo eleitoral por negligência da Secretaria de Estado da Saúde. Embora este valor ainda não tenha sido acertado, o MP garantiu aos funcionários a cobrança do valor, e afirmou que os funcionários poderiam voltar às atividades.

Com informações da Revista W3

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