Operação apura possíveis fraudes em acordo de R$ 196 milhões com Organização Social que administra a unidade

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A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Templo Perdido, que investiga possíveis irregularidades em um contrato de R$ 196 milhões firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e uma Organização Social (OS) responsável pela gestão de um hospital materno-infantil no Sul do Estado.
Ao todo, 63 policiais federais e 10 auditores da CGU cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Criciúma, Araranguá e Curitiba (PR). Um dos principais alvos da operação é o Hospital Infantil Santa Catarina, em Criciúma, referência regional no atendimento pediátrico.
Durante as diligências, foram apreendidos computadores, celulares e documentos em residências ligadas a pelo menos um diretor da unidade hospitalar. A investigação foi autorizada pela 1ª Vara Federal de Florianópolis e teve início a partir de uma nota técnica da CGU, que apontou indícios de subcontratações irregulares. A OS investigada teria firmado contratos com empresas ligadas diretamente a seus dirigentes, levantando suspeitas de superfaturamento e pagamento de vantagens indevidas.
O Hospital Infantil Santa Catarina é referência no atendimento infantil do Sul catarinense. A unidade tem125 leitos, UTI pediátrica, UTI neonatal, maternidade, centro cirúrgico e Banco de Leite Humano, com atendimento em 21 especialidades médicas.
Segundo a Polícia Federal, os envolvidos poderão responder por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da Organização Social sob investigação não foi divulgado até o momento.
Em nota, PF e CGU afirmaram que a operação tem como objetivo “assegurar a transparência na gestão pública e a correta aplicação dos recursos federais destinados à saúde”. As investigações continuam e novos desdobramentos não estão descartados.