Saúde

HSJosé: cirurgias eletivas serão paralisadas nesta sexta

Médicos aguardam por reajuste dos valores pagos aos profissionais

Foto: Divulgação / Portal Engeplus

Foto: Divulgação / Portal Engeplus

O corpo clínico do Hospital São José de Criciúma paralisa, nesta sexta-feira (3), todas as cirurgias eletivas, até que haja um reajuste dos valores pagos aos profissionais, já que ainda seguem a tabela do Sistema Único de Saúde – SUS, que está defasada há anos.  

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos da Região Sul – Simersul, Luiz Augusto Borba, ainda não houve nenhum acordo entre os gestores municipais e estaduais com o Hospital para negociar a dívida de R$ 14 milhões referente as contas que ultrapassaram os limites de atendimento do hospital. "Ainda não recebemos nenhuma informação de um novo contrato do hospital, e ao que tudo indica a tabela do SUS não terá aumento, por isso o movimento médico persiste", diz. 

Conforme ele, a paralisação dos profissionais deve ocorrer gradualmente. "Num primeiro momento estaremos parando com as cirurgias eletivas, e entre 15 a 30 dias faremos a redução gradual dos atendimentos", explica. Segundo Borba, há pessoas para preencher pelo menos um ano de fila, nas cirurgias do hospital. Os profissionais seguem uma programação realizada pela comissão de greve. 

Atendimentos de Urgência e Emergência do Pronto Socorro não serão paralisados. O mesmo acontece nos centros de oncologia, hemodiálise e UTIs. Ainda na semana passado o governo do Estado  manteve a proposta de pagamento de R$ 7,8 milhões à instituição, e a prefeitura sinalizou uma verba de R$2,5 milhões.

No entanto, conforme o Portal Engeplus, o total da verba oferecida ainda não cobre a dívida do governo, de mais R$ 14 milhões. Por isso, conforme a administradora do hospital, Terezinha Buss, a instituição optou em aceitar  a proposta do Estado de prorrogar o prazo do atual contrato para analisar os valores. "Na semana que vem estaremos sentando com a adminitração municipal para analisar o contrato com a prefeitura", conclui.