Foto: Kênia Pacheco
Com interdição da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil desde novembro do ano passado, a Igreja de São Roque que não está sendo utilizada pela comunidade passará agora por um novo processo. O de liberação. Após uma reunião com todos os envolvidos e interessados no fato, o procurador da República do Ministério Público Federal, em Criciúma, Darlan Airton Dias, sentenciou que uma mineradora seja a responsável pelo pagamento dos reparos necessários na estrutura do local.
As portas poderão ser abertas somente após restauração do templo. A Coordenadora Municipal de Proteção e Defesa Civil, Ângela Mello explica que com a sentença agora a Defesa vai auxiliar a comunidade a identificar as empresas habilitadas para o serviço. Segundo ela, será realizada antes de qualquer ação uma pesquisa de preços, com no mínimo três orçamentos para definir quem fará o trabalho.
A partir daí, os orçamentos serão encaminhados para o MPF que vai chamar para discussão a mineradorae a comunidade, para juntos definirem quem irá realizar as obras de restauração da estrutura. Com isso o processo de interdição pode ser retirado. “Nós vamos liberar a entrada de pessoas retirando a interdição juntamente com o começo da restauração, conforme determinação do Ministério Público”, garantiu Ângela.
O laudo técnico estrutural assinado pelo engenheiro civil Jair Paulo Savi, que fez também a sondagem no terreno voluntariamente apontou que a igreja tem fissuras provocadas pela movimentação do solo. O técnico adianta que a liberação do templo para uso da comunidade só pode ser permitida com ações de restauração e destaca que é fundamental que sejam realizadas manutenções constantes. “Nós temos tudo no papel, nada será diferente do que foi determinado e se percebermos isso, a igreja poderá ser interditada novamente”, salienta a coordenadora da Defesa Civil.
O presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Sérgio Luiz Zappelini ficou com o compromisso da restauração do aspecto histórico/artístico. A comunidade também precisará montar uma comissão para acompanhar todo o processo de reforma.
