Saúde

Infestação de caramujos africanos preocupa população e autoridades de Jaguaruna

Foto: Maria Eliane Bonetti/Divulgação/Notisul

Foto: Maria Eliane Bonetti/Divulgação/Notisul

Uma infestação de um bicho nada agradável atinge o Balneário Camacho, em Jaguaruna, desde a semana passada. Uma grande quantidade de caramujos africanos foi encontrada em inúmeras residências. É uma espécie nociva à saúde do homem e dos animais.
 
Conforme reportagem do jornal Notisul, alguns moradores realizam inspeção e tentam eliminar os moluscos. “Na última quinta-feira, fomos avisados pelos vizinhos e chegamos a retirar de nosso terreno mais de 200 caramujos”, lembra a tubaronense Maria Eliane de Oliveira Bonetti, que tem casa no Camacho.
 
“Com as chuvas que ocorreram na noite desta terça-feira e madrugada de ontem, novos locais foram identificados e voltamos à praia para fazer uma limpa. Vários estavam subindo o muro”, informa Maria Eliane, preocupada com a infestação.
 
O secretário de saúde da prefeitura de Jaguaruna, Jailton Lima, reuniu-se ontem com as equipes da vigilância sanitária e de combate à dengue, e informou que assim que for comprovada a espécie, será realizada uma força -tarefa. 
 
Para a responsável técnica do Programa de Zoonoses da 20ª gerência regional de saúde e diretoria de vigilância epidemiológica em Tubarão, Cláudia Letônia Ochs, já é organizada, nesta semana, ações de combate ao molusco. “Após acertarmos com os principais órgãos da região, vamos a campo”, garante Cláudia. “Para que o caramujo africano seja exterminado, a população deve estar bem envolvida”, pede Cláudia.
 
O molusco

• Características
O caramujo africano também é conhecido por caracol gigante africano, de nome científico Achatina Fulica. É um molusco de concha cônica marrom ou mesclada em tons claros. Espécie extremamente prolífica, que alcança a maturidade sexual aos 4 ou 5 meses de vida. A fecundação é mútua. São hermafroditas e podem se reproduzir até cinco vezes por ano e produzir de 50 a 400 ovos por vez.
• Formas de eliminação
Para pegar no molusco deve-se usar luva ou saco plástico para evitar o contato direto. Para acabar com o bicho deve ser colocado sal ou cloro ou esmagá-lo, e não se esquecer de destruir seus ovos. Quando chove muito em uma região infestada, é comum observarmos os caracóis subirem as paredes, local mais fácil para eliminação. O combate químico com o uso de pesticidas não é indicado, a melhor solução é a incineração.
• Doenças transmitidas
A ingestão ou simples manipulação dos caramujos vivos pode causar a contaminação, porque os vermes são encontrados no muco ou secreção. Conforme a variação da espécie outros sintomas podem ocorrer, como dores de cabeça forte, constante rigidez na nuca, causar cegueira, paralisia, distúrbios do sistema nervoso, dores abdominais, febre prolongada, anorexia, vômitos, podendo levar à perfuração intestinal e hemorragia abdominal e até a morte.