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Iniciativa da rede estadual de ensino reintegra 3,2 mil alunos às escolas na pandemia

A Busca Ativa é um conjunto de ações determinadas pela Secretaria de Estado da Educação que visa manter os estudantes matriculados frequentando a escola.

Divulgação

As ações de Busca Ativa reintegraram às escolas 3,2 mil alunos da rede estadual que estavam sem fazer as atividades não presenciais. Os dados estão em um relatório do Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (Nepre), concluído na última semana. As informações foram coletadas a partir de um questionário de diagnóstico virtual e atualizadas até outubro.

A Busca Ativa é um conjunto de ações determinadas pela Secretaria de Estado da Educação que visa manter os estudantes matriculados frequentando a escola. Assim como em períodos de aula presencial, durante a pandemia em prevenção à Covid-19, o Nepre deu continuidade às atividades e mantém o monitoramento em todas as escolas, para que os alunos da rede continuem realizando as atividades remotas.

A maior parte dos estudantes que começaram a realizar as atividades não presenciais depois de serem identificados a partir de Busca Ativa foram alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, com 1.511 estudantes. Outros 1.348 alunos que passaram a fazer as atividades escolares estão no Ensino Médio, enquanto 329 alunos identificados estão nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e 26 alunos na Educação de Jovens e Adultos.

“Uma das premissas que norteiam o trabalho da secretaria, principalmente neste período de pandemia e de suspensão das atividades presenciais, é o desafio de não deixarmos nenhum estudante para trás. É nesse sentido que a ferramenta Busca Ativa nos ajuda a entrar em contato com os estudantes, entender as razões pelas quais não estavam fazendo as atividades e trazê-los novamente para participar das ações pedagógicas”, destaca o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni.

Contato mais comum foi por telefone e com a mãe do estudante

A SED começou em junho o processo de Busca Ativa dos alunos que não estavam respondendo a nenhuma atividade proposta pelos professores e pela unidade escolar, tanto na plataforma on-line quanto com os materiais impressos. A partir de um questionário, os gestores escolares começaram a entrar em contato com os alunos e familiares para reforçar a importância de se manter o vínculo com a escola e entender o motivo de não participarem das ações remotas.

O contato predominante na Busca Ativa foi com a mãe do aluno, registrado em 30% dos casos. O contato com o aluno representou 27% dos registros, enquanto o pai respondeu em 8% e o responsável legal em 3%. Em outros casos, com maior dificuldade para encontrar o estudante ou familiares diretos, ainda houve contato com algum colega da escola ou vizinho.

O meio de contato mais comum na Busca Ativa foi pelo telefone, com 50% dos registros. O WhatsApp representou 30% dos contatos. Em 13% dos casos, os gestores escolares foram presencialmente até o aluno, enquanto outras formas de contato representaram 7%.

Busca Ativa teve 16,6 mil registros em quatro meses

Desde o início das ações de Busca Ativa, o formulário de diagnóstico elaborado pela SED teve 16.672 registros de 572 unidades escolares da rede estadual. Às vezes, mais de um registro por aluno. O objetivo era encontrar 15.452 estudantes, sendo que esse público era formado em 45% por alunos do Ensino Médio, 40% por alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, 12% alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e 1% por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na Educação Especial, as unidades de ensino fizeram a Busca Ativa de 281 alunos, conforme os registros do formulário de diagnóstico. Desse público, 63 estudantes iniciaram as atividades não presenciais após o contato da unidade escolar.

A contribuição da rede de proteção com a Busca Ativa, a partir das informações da unidade escolar, contou ainda com contatos e apoio dos Serviços da Assistência Social (Cras, Creas), Serviços da Saúde (Caps, CAPSi, NASF, ESF), Conselho Tutelar e Coordenadorias Regionais de Educação.

Apoio Pedagógico Presencial mantém vínculo dos alunos com a escola

Com a Busca Ativa, as escolas identificam os alunos que ainda não iniciaram as atividades remotas, seja pela plataforma on-line ou com os materiais impressos. Esses estudantes estão sendo chamados para participar do Apoio Pedagógico Presencial como forma de manter o vínculo com a escola e criar uma rotina de estudos.

As escolas que iniciarem as atividades presenciais também receberão os alunos de Busca Ativa com um projeto de acolhimento. A ação é importante para compreender o motivo de o aluno ter deixado de fazer as atividades, apoiá-lo, incluí-lo novamente à comunidade escolar e sensibilizá-lo para que permaneça na escola e conclua a escolarização.

O encaminhamento pedagógico de Busca Ativa também prevê que os alunos sejam inseridos nas atividades remotas, que seguem obrigatórias para toda a rede estadual. Nesses casos, os professores devem fazer um trabalho paralelo de incentivo ao estudo e recuperação das atividades para manter o estudante integrado às atividades.

As atividades de Apoio Pedagógico Presencial estão disponíveis pelas escolas que tiveram o plano de contingência homologado pelo Comitê Municipal. As escolas entrarão em contato com os alunos e familiares informando a data de início do apoio presencial e as orientações previstas nesta modalidade.

As ações de Busca Ativa efetivadas pela SED têm como objetivo manter a qualidade da aprendizagem e evitar que os alunos se afastem da escola. Dessa forma, busca evitar o abandono escolar, quando o aluno deixa de frequentar a rede escolar ao longo do ano letivo, e a evasão, identificada quando o aluno deixa a rede escolar em um ano e não retorna no ano seguinte.

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