Segurança

Inspetores da GMT pedem exoneração após sofrerem ameaças

Foto: Divulgação / DS

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Dois inspetores da Guarda Municipal de Tubarão – GMT protocolaram ontem a exoneração de seus cargos. Jader Freitas e Alisson Machado pediram a destituição da função. Eles teriam recebido ordens para punir os agentes que não cumprirem escala de trabalho imposta pela direção.

A mudança na escala de trabalho aconteceu depois que os guardas se recusaram a ir para as ruas sem o armamento. Isso porque, no começo da semana, o porte de armas dos agentes foi suspenso por decisão da Polícia Federal – PF.

Com a recusa de ir para as ruas, os guardas tiveram uma nova escala de trabalho atribuída. Com isso, ficou a cargo dos inspetores repassar as novas coordenadas e, caso algum agente não cumprisse o determinado, lhe fosse confiscado o seu cartão-ponto. Por sua vez, o agente não poderia, mesmo que tivesse ido cumprir sua carga horária, provar que trabalhou o horário determinado.

“Não sei trabalhar desta forma. Sofri ameaças e não estou disposto a seguir num cargo que me atribua situações com que não desejo ser conivente”, destaca Freitas, e completa que entregou seu pedido de exoneração na manhã de ontem. Ele segue como guarda municipal, função que lhe foi conferida através de concurso.

Freitas reitera que a falta do armamento para os guardas de Tubarão deixa os agentes desprotegidos. “Como também os tubaronenses. Pois, afinal, são 35 agentes que deixam de ir para as ruas no auxílio da garantia da segurança na cidade”, completa o guarda municipal.

A decisão de reter o armamento da guarda municipal se deve, segundo a PF, pela falta de horas-aula no curso de tiro. “Destaco novamente que avisamos aos nossos superiores sobre o curso. Deixaram passar o tempo e agora estamos nesta situação”, diz Freitas. O porte de arma da GMT foi adquirido em 2011 e os profissionais deveriam ter renovado o curso em cinco anos.

Para Freitas, a situação é grave. “Estão tratando a falta do armamento para a GMT com descaso. Ou seja, as nossas autoridades municipais não nos dão garantia nenhuma de segurança e ainda querem impor a forma de trabalho. São nossas vidas que estão em jogo. É a vida do cidadão também”, desabafa o agente.

Até o fechamento desta edição não havia nenhuma posição quanto à situação dos agentes e a suspensão do armamento.

Com informações do Jornal Diário do Sul