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Interligação do sul é exigida

Representantes das três microrregiões formaram a pauta de reivindicações e prioridades do sul de Santa Catarina. Entre elas, está a ampliação do projeto da ferrovia Litorânea para a formulação da Translitorânea.

O desenvolvimento do sul catarinense somente será efetivo quando as obras de logística e infraestrutura foram finalizadas. Antes disso, o fomento econômico ainda é restrito ao campo do “o que temos a oferecer no futuro”.

A partir de agora, a união do sul para reivindicar vai ser mais pontual e forte do que nunca. Os presidentes e secretários executivos das três microrregiões que compõem o sul catarinense reuniram-se esta semana.

Na pauta: a formulação da lista das prioridades regionais. Cada uma das associações já possui seu rol de urgências. Contudo, existem situações comuns e a união de esforços significa peso junto aos governos federal e estadual.

De todos os assuntos elencados (veja ao lado), uma reivindicação na esfera nacional e outra estadual foram eleitas como prioritárias. Em âmbito federal, está a implantação da Ferrovia Translitorânea, que prevê a ligação da Ferrovia Tereza Cristina, sediada em Tubarão, entre Imbituba e Porto Alegre, capital gaúcha.

A ideia é englobar o projeto atualmente em confecção da Ferrovia Litorânea (liga os trilhos da FTC de Imbituba à malha férrea nacional, em Araquari) e fomentar a extensão do projeto para o sul do país, com a interligação férrea de todos os portos catarinenses.

Com isso, Santa Catarina – e o Brasil – poderão exportar para países do Mercosul, entre eles Uruguai e Argentina, com maior competitividade, visto que o custo no modal ferroviário é bem mais barato frente ao aéreo e rodoviário.

A ferrovia Translitorânea

Quando estiver pronta, a ferrovia com 236 quilômetros ligará os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O trajeto também prevê a interligação dos Portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. O projeto do trecho entre Imbituba e Porto Alegre ainda não está pronto, mas a sua confecção tem estimativa mínima em R$ 18 milhões. Já o custo da obra em si é previsto que ultrapasse a casa do R$ 1 bilhão. A parte de Imbituba a Araquari (no norte catarinense) já tem Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) já aprovado e em vigência (custou R$ 3 milhões). Os projetos de engenharia – o trecho foi dividido em dois lotes – começaram a ser feitos em 2009 pelo consórcio Magna/Astep e Veja/Prósul. O investimento desta etapa é de R$ 20 milhões. A obra é orçada em R$ 945 milhões e deve ser finalizada em 24 meses após a contratação das empresas.

Interpraias

Junto ao governo catarinense, a prioridade está na efetivação integral da Rodovia Interpraias. O projeto existe há anos e visa interligar o litoral sul catarinense por uma rodovia turística, entre Laguna e Passo de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul.

Em um trajeto de 138,9 quilômetros, o investimento foi dividido em cinco lotes. O primeiro a ficar pronto foi o trecho 4: a estrada do Camacho, em Jaguaruna, cuja inauguração ocorreu em outubro de 2009.

O segundo está em obras e é referente ao trecho 5, entre a balsa, em Laguna, até o Camacho, com um ramal para o Farol de Santa Marta. Os três primeiros lotes não têm previsão de quando serão feitos.

A Interpraias foi projetada para interligar as cidades de Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva, Araranguá, Içara, Jaguaruna, Laguna e Garopaba. A pavimentação dos cinco lotes tinha custo estimado em R$ 390 milhões.

Notisul