Guilherme Henrique começará a trabalhar nesta quarta-feira.
Foto: Leandro Benincá
Na contramão de muitos, que justificam seus crimes em função de dificuldades financeiras e falta de oportunidade, Guilherme Henrique se armou de um cartaz e foi pedir emprego em dos cruzamentos mais movimentados de Criciúma: a Rua Marechal Deodoro com a Avenida Centenário.
Natural de Anápolis, em Goiás, o jovem de 24 anos veio para Criciúma há cerca de dez meses, junto com a mulher, após uma demissão em massa realizada pela empresa do ramo frigorífico em que trabalhava, com o objetivo de estudar e ter uma melhor qualidade de vida. Na capital do carvão, o rapaz trabalhou na lavanderia de um hospital e fazendo bico em uma empresa de eventos. Já a sua esposa segue trabalhando em um hospital.
Desempregado desde dezembro, nesta manhã, Guilherme decidiu tomar uma atitude inusitada. “Muitos só vão na sinaleira pedir dinheiro. Resolvi fazer diferente. Como eu não estava conseguindo emprego, decidi fazer a placa”, revela o morador do bairro Operária Nova. Após permanecer por algumas horas no cruzamento com o cartaz escrito Não quero dinheiro. Preciso de um trabalho, a iniciativa do jovem rendeu muita repercussão nas mídias sociais e o seu objetivo foi alcançado.
Nesta tarde, o rapaz foi chamado para trabalhar na empresa Arte Play Comunicação Visual. “Já estou providenciando toda a documentação. Vou começar a trabalhar amanhã”, comemora Guilherme Henrique.
Segundo o diretor da empresa, Guilherme Campos, o jovem foi contratado para exercer a função de aplicador de painéis. “Eu havia passado por ele nesta manhã e me chamou a atenção. Depois vi a divulgação pelas redes sociais. Ele é um guri muito bom, honesto, já havia trabalhado em uma gráfica, e com a dedicação dele não terá dificuldade em exercer a nova função”, comenta Campos.
Com informações do Portal Engeplus