Segurança

Julgamento do Caso Mirella ocorrerá ainda este ano

Aconteceu na tarde de ontem, no Fórum de Criciúma, a segunda e última audiência do caso da médica Mirella Peruchi Maccarini, vítima de latrocínio, em abril deste ano, no Bairro Michel, em Criciúma. Em um pouco mais de uma hora, foram ouvidos o adolescente, que confessou ter disparado contra a médica, o réu, acusado de participar e ser o mandante do crime, e uma testemunha de defesa. A expectativa da Juíza Paula Botke e Silva é que a sentença saia em até 60 dias.

Segundo a magistrada, a audiência ocorreu dentro da normalidade. O réu manteve as versões dadas ainda para os policiais, de que não estava no local dos fatos no momento que aconteceu o crime. Não houve nenhum tipo de contato entre o adolescente e o réu durante a audiência. O teor do que foi dito pela testemunha e o menor não foi revelado. O próximo passo é a inclusão de alguns documentos tanto da defesa quanto da acusação, nos autos do processo para depois ser deferida a sentença.

Paula comentou que o processo foi um pouco longo, pois foi necessário realizar duas audiências para que todas as testemunhas fossem ouvidas e que agora deve ocorrer com mais agilidade. “Certamente a sentença será esse ano. Eu acredito que no máximo em 60 dias a sentença seja deferida”, afirmou.

Caso não vai a júri popular

No decorrer do processo, foi levantada a probabilidade do caso ir a júri popular. A juíza alegou que isso foi descartado. “Não é caso para júri popular, pois se trata de um latrocínio, que é um roubo seguido de morte. Em júri popular só acontece em crimes dolosos, contra a vida, que são homicídios, abortos. Como é latrocínio não é o caso, o júri é singular”, declarou.

Com todas as partes ouvidas, o Ministério Público de Santa Catarina mantém o teor da acusação. “A nossa convicção continua a mesma. Nós vamos pedir a condenação. Pra promotoria, está bem clara a participação do maior de idade. É a tendência que seja nossa manifestação final nesse sentido”, afirmou o promotor Thiago Naspolini. Ainda será estudado pelo MP o pedido de tempo de condenação do réu. “Nós vamos avaliar ainda quanto tempo de condenação vamos pedir, mas sabemos que o latrocínio tem uma das maiores penas no código penal”, concluiu.

A defesa do réu se mantém otimista em relação ao caso. “O acusado tinha prova que não estava no local dos fatos na hora do crime. Conseguiu reproduzir essas provas em juízo, testemunhas que estavam com ele nos momentos dos fatos” , afirmou a defensora pública OtáviaMarroni. Ela espera ainda que o júri faça um julgamento técnico.“Não se pode admitir que essa comoção social gire em torno desse crime, que essa ânsia de encontrar algum culpado, que alguém seja punido, a qualquer custo leve a condenação de uma pessoa inocente”, declarou. Ela ainda afirmou que uma testemunha não foi encontrada e que outra faleceu no decorrer do processo.

Adolescente já foi condenado

O adolescente de 17 anos que confessou ter disparado contra Mirella já foi julgado. O processo contra ele ocorria em segredo de justiça. Ele está internando no Centro de Atendimento Socioeducativo – CASE em Florianópolis e veio a Criciúma somente para prestar seu depoimento na tarde de ontem, apenas acompanhados dos agentes do CASE. Por se tratar de um menor de idade, a juíza não deu detalhes sobre o depoimento prestado na tarde de ontem.

Com informações do site Clicatribuna

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