Mesmo com liminar deferida pela Justiça do Trabalho de Criciúma, permitindo apenas a manifestação dos grevistas a 500 metros da entrada, da empresa ajuizada pela metalúrgica Usipe, em Içara, a greve dos metalúrgicos da região continua e entrou nesta segunda-feira (16) no sexto dia de protesto.
A paralisação iniciou dia 11 de março em cinco empresas concentrando cerca de 1.200 trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região – Sinmetal, Francisco Pedro dos Santos, explica que, por força do interdito, os trabalhadores que aprovaram a greve em assembleia acabaram sendo coagidos pela empresa para voltar ao trabalho.
"Estamos respeitando a justiça. Estranho foi a presença de grande efetivo da polícia na empresa enquanto o município fica a mercê dos bandidos e da violência”, pondera o sindicalista. Conforme Francisco, hoje, às 18h, o Sindicato irá se reunir para avaliar e definir encaminhamentos do protesto.
Os trabalhadores reivindicam 12,22% sendo 6,22% de inflação e 6% de aumento real. O sindicato patronal ofereceu 7.5% de aumento geral e no abono. O piso atual da categoria é R$ 1.125,90 e a data-base 1º de janeiro. São cerca de sete mil metalúrgicos na Região distribuídos principalmente nas cidades de Criciúma, Içara Sangão, Forquilhinha, Morro da Fumaça e Urussanga.
Colaboração: Maristela Benedet / Comunicação Sinmetal
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