Uma megaoperação da Polícia Federal de Curitiba respingou ontem em Santa Catarina. Mandados expedidos através de investigação sobre uma organização criminosa voltada ao contrabando e à exploração de jogos de azar foram cumpridos em Joinville e em Laguna.
A Polícia Federal deflagrou, ontem pela manhã, a Operação Fractal. Cerca de 250 agentes cumpriram 40 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 29 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento). As ordens judiciais foram executadas nas cidades paranaenses de Curitiba, Maringá, Medianeira, Foz do Iguaçu, Faxinal e Matinhos; em Porto Alegre e Canoas, no Rio Grande do Sul, em Laguna e Joinville.
Em Curitiba, 13 pessoas foram presas. Entre elas, quatro policiais militares e um assessor parlamentar. Em Foz do Iguaçu, foram quatro presos. Na cidade de Maringá, foram cinco presos, dos quais quatro eram policiais militares. Foram apreendidos 13 veículos de luxo em Curitiba, além de computadores, joias e valores em dinheiro. Em Laguna e em Joinville foram cumpridos mandados de condução coercitiva, um em cada cidade.
De acordo com as investigações, a quadrilha era liderada por um assessor de um deputado estadual do Paraná e por oficiais da PM. Além disso, policiais militares são suspeitos de facilitar a passagem da mercadoria do grupo e de extorquir contrabandistas concorrentes, repassando parte dos valores e dos produtos desviados de apreensões ao núcleo central do esquema. Segundo o Diário do Sul, em Santa Catarina ocorria a lavagem de dinheiro e a compra de imóveis. A investigação começou em 2010. Durante este período, a quantidade de recursos enviados a Joinville e Laguna alcançou milhões de reais.
