Segurança

Latrocida da Lagoa dos Freitas é condenado

Lucas Júnior Menezes Gomes, de 20 anos, foi condenado a 22 anos por latrocínio e porte ilegal de arma

O primeiro latrocínio registrado na região este ano teve desfecho na esfera judicial. O jovem Lucas Júnior Menezes Gomes, de 20 anos, foi condenado a 22 anos por latrocínio e porte ilegal de arma. Gomes, por enquanto, vai cumprir a condenação no Presídio Santa Augusta, onde está recluso desde a noite de 12 de janeiro, quando foi capturado em uma operação conjunta pelas polícias Civil e Militar, na Barra Velha, em Içara.

A sentença foi proferida pelo juiz da Comarca de Içara, Evandro Volmar Rizzo. O réu foi absolvido pelo crime de roubo, já que, antes do latrocínio, tinha tentado assaltar um entregador de jornais, mas sem sucesso. O condenado também vai pagar 20 salários-mínimos como multa pelo crime de assalto seguido de morte.

"Nego-lhe o direito de recorrer em liberdade porquanto permaneceu segregado durante toda a instrução, subsistindo as razões da custódia preventiva, notadamente para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal", consta nos autos a decisão do magistrado. Gomes confessou o crime no dia da captura. Uma testemunha também o reconheceu por meio de fotografia como sendo o autor.

O assalto que vitimou homem de 50 anos

Por volta das 4h20min de 7 de janeiro, um sábado, o Corpo de Bombeiros de Içara foi acionado para atender, até então, um acidente de trânsito na Rua Copacabana, na Lagoa dos Freitas. O condutor do Uno, placas LYS-2948 de Içara, Gelson Gislon, 50 anos, foi encontrado com um ferimento ocasionado por arma de fogo, no peito, caído fora do veículo.

Com o impacto do tiro, ele perdeu o controle e bateu o carro no muro de uma residência. Com o intuito de conseguir um veículo, o autor primeiramente abordou um motociclista, que fazia entregas de jornais. Ele conseguiu fugir. Já Gislon não teve o mesmo destino. Ao tentar se esquivar da ação do criminoso, foi atingido no peito, enquanto reduzia a velocidade ao passar por uma lombada, e morreu minutos depois ao dar entrada no Hospital São Donato.

"O autor ainda tentou retirar o corpo para levar o veículo, mas não conseguiu. O dono de uma casa gritou e ele saiu correndo. O jovem matou para roubar o carro. Não conseguindo, levou a carteira da vítima, que foi localizada duas quadras adiante", lembra o delegado Jorge Koch.

A captura

Após denúncias, policiais civis da Operação Veraneio e militares da Agência de Inteligência da Polícia Militar (P2) de Içara foram averiguar o paradeiro do autor do latrocínio. A liberdade durou cinco dias. Após um cerco policial, Gomes, na época com 19 anos, foi abordado, na tarde do dia 12, uma quinta-feira, no terreno de uma casa, em um local ermo, na localidade de Barra Velha.

Um jovem estava com ele e conseguiu fugir, com uma sacola, a qual a polícia acreditava que continha drogas. Sete policiais estiveram envolvidos. A arma utilizada no crime, um revólver calibre 38, com cinco munições intactas, foi apreendida em cima da geladeira na residência.
"Estávamos rezando para que a polícia o pegasse. Quando recebi a ligação de um policial, pensei que era para avisar que ele estava morto.

Agora ele tem que pagar pelo que fez. Não admito a atitude do juiz de soltá-lo. Ele respondia por dois portes de armas. Precisou matar alguém para, agora, ficar mais tempo preso?, indagou a mãe dele, no dia da prisão, em frente à delegacia.

O acusado havia recebido a liberdade condicional do presídio em 12 de dezembro do ano passado, menos de um mês antes de cometer o latrocínio. A família dele tem histórico criminal, inclusive o irmão adolescente já tem diversas passagens policiais. O réu era usuário de crack.

A Tribuna