Geral

Covid-19: Leitos de UTI totalmente ocupados e estado gravíssimo na região da Amesc

Classificação gravíssima na região amplia restrições. Prefeitos pretendem organizar um trabalho conjunto de conscientização sobre a prevenção ao covid-19.

Divulgação

O Informativo de Atualização da Avaliação de Risco Potencial, datado de 21 de julho, emitido pela Central de Operações de Emergência em Saúde (COES), da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina, passa a enquadrar o extremo sul como área de risco potencial gravíssimo. Em videoconferência na manhã desta quinta-feira (23), os prefeitos da Amesc (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense) deliberaram sobre as recomendações emitidas na última sexta-feira pelo Comitê Extraordinário Regional Covid-19 (CER AMESC), com o agravamento do novo dado repassado nesta quarta-feira (22) pelo COES. Até o momento da reunião ainda não estava homologado no Diário Oficial o enquadramento da região nas medidas estaduais.

A semana é marcada no extremo sul pela situação de emergência gravíssima registrada no último boletim divulgado pelo COES. Ocorre em virtude de questões como os mais de mil casos confirmados de Covid-19 nos 15 municípios, bem como a ocupação máxima dos leitos de UTI no Hospital Regional de Araranguá.

Em nome dos gestores municipais, o presidente da Amesc, prefeito de Balneário Gaivota, Ronaldo Pereira da Silva, explica que se mantém o consenso das medidas unificadas, sendo que a preocupação com as vidas faz com que os prefeitos busquem adequar seus decretos diante das medidas. “Vamos seguir as recomendações feitos pelos técnicos da CER, assim como este novo modelo de orientação dada pelo Governo do Estado para as áreas de risco gravíssimo. Vivemos duas crises simultâneas: uma crise na saúde que acarretou outra crise na economia. Acreditamos que trabalhar a prevenção minimize impactos dos dois lados. Vamos elaborar uma campanha regional voltada a prevenção e conscientização a fim de que se busque conter a contaminação ao se trabalhar os cuidados e se evite assim o fechamento dos comércios”, esclarece Ronaldo.

Ronaldo acrescenta que outra preocupação é fazer nova solicitação de leitos de UTI para o Governo do Estado. O embasamento técnico detalhará o pedido para que haja a instalação completa do leito, com equipamento e medicações necessárias ao atendimento dos pacientes. Neste momento se alguém entrar em risco grave terá sua saúde ainda mais comprometida pela falta de leitos na região e Santa Catarina se encontrar em situação alarmante.

Segundo o presidente, os dados apontam que tem sido preocupante a contaminação entre familiares e amigos durante os momentos de lazer. “Demanda muita consciência das pessoas e estamos vendo para enrijecer a fiscalização. Porque se fechar o comércio, ainda assim as pessoas realizam encontros com aglomero em casa ou saem passear e nesta hora descuidam das medidas e os casos aumentam. É preciso ter consciência”.

Entre as medidas de recomendações atuais do CER está ênfase ao uso de máscara, evitar aglomeração e restrição dos horários de alguns estabelecimentos como bares e conveniências. Em âmbito estadual, homologado no Diário Oficial como área gravíssima, será preciso interromper algumas atividades como transporte coletivo.

Notícias Relacionadas

Amurel recomenda que municípios adotem nova quarentena por causa da Covid-19

Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel) contempla 18 prefeituras. A situação da região é considerada gravíssima pelo governo de Santa Catarina em relação à doença.

Coronavírus em SC: Fapesc aprova cinco projetos de pesquisa e destina R$ 500 mil a estudos sobre Covid-19 no estado

O edital buscava estudos que apontassem soluções para o combate à epidemia e seus efeitos na sociedade e na economia.

STF autoriza SC a utilizar recursos do pagamento da dívida com a União no enfrentamento da Covid-19

O pedido foi protocolado pela Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina (PGE) para garantir que a União deixe de aplicar qualquer tipo de penalidade ao estado em razão da suspensão dos pagamentos.

Em três meses, PGE atuou em cerca de 270 ações judiciais e emitiu 36 pareceres jurídicos sobre Covid-19

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) atuou de forma judicial e administrativa para dar suporte às decisões do Poder Executivo e garantir o cumprimento das determinações para conter o avanço do novo coronavírus no Estado.