Geral

Litro da gasolina pode bater R$ 7, avalia sindicato

A gasolina subirá 7% e o diesel 9,1%. De acordo com a estatal, os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.

Foto: Divulgação

A partir de hoje, a maioria dos postos de combustíveis da região já devem estar praticando o novo preço da gasolina e diesel, após um novo aumento anunciado ontem pela Petrobras às distribuidoras. De acordo com o Joel Fernandes, do Sindópolis (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis), a seguir deste jeito o valor do litro da gasolina pode chegar a R$ 7 em dezembro.

Em Tubarão, o valor da gasolina comum em um posto passou de R$ 5,98 o litro para R$ 6,09, à vista. Se o pagamento for no cartão de crédito, o valor do litro pode chegar a R$ 6,35. Caso o consumidor opte pela gasolina aditivada pode pagar R$ 6,19 à vista ou R$ 6,49 a prazo.

Segundo o anúncio da Petrobras, a gasolina subirá 7% e o diesel, 9,1%. De acordo com a estatal, os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio. É o segundo reajuste dos dois produtos em menos de um mês. O preço da gasolina foi reajustado pela última vez no dia 9 de outubro. No caso do diesel, a última alta foi em 29 de setembro. Desde então, o preço do petróleo continuou se valorizando e o dólar teve um repique na semana passada com a proposta de estouro do teto de gastos para financiar programa eleitoral do governo.

“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a estatal.

Alinhamento de preços

Em comunicado divulgado ontem, a Petrobras lembra que percebeu uma “demanda atípica” nas encomendas dos produtos para novembro, o que reforça a necessidade de alinhamento dos preços ao mercado internacional. A Petrobras diz ainda que “reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.

Caminhoneiros podem parar no dia 1º

A escalada do preço do diesel também causa a insatisfação de caminhoneiros, que prometem paralisação no dia 1º de novembro para cobrar ação do governo. Na reunião realizada no Rio de Janeiro, as associações dos motoristas decidiram que a greve será de 15 dias, caso ocorra.

Além do preço do diesel, outra reivindicação realizada é a “defesa da constitucionalidade do piso mínimo de frete” e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.

Apesar disso, a greve não é apoiada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros). Na região, de acordo com o empresário Riberto Lima, de Tubarão, presidente do Setram (Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas da Região da Amurel), em momento algum as entidades oficiais que representam o setor indicam uma paralisação.

“Tudo que sabemos são estas notícias, mas os sindicatos, federações e confederações das empresas de transportes não participarão caso haja alguma paralisação. Nem conversamos sobre este assunto, apesar de não concordarmos com estes preços abusivos do diesel e os outros insumos do setor. Acredito que será mais uma tentativa de grupos isolados”, avalia

Os caminhoneiros autônomos já vem ensaiando outras paralisações desde o primeiro semestre desse ano, em meio às reivindicações de direitos para os motoristas independentes e a diminuição do preço do diesel, que tem sido vendido em média a R$ 4,961, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Segundo o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, o Chorão, “a nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”.

Com informações do Jornal Diário do Sul

Notícias Relacionadas

Procon autua posto de combustíveis por preço abusivo em Criciúma

Operação irá fiscalizar 40 estabelecimentos do município, três já foram autuados.

Abastecimento chega ao limite em Imbituba

Postos de combustíveis e supermercados devem liquidar seus estoques até a próxima terça-feira (29).

Petroleiros deflagram greve de 72 horas a partir de quarta-feira

Procon fecha dois postos que vendiam gasolina adulterada em Laguna

O órgão interditou os estabelecimentos nesta quinta-feira (4), e irá solicitar à Secretaria da Fazendo a suspensão do alvará de funcionamento por cinco anos.