Educação

Mãe contemporânea

Foto: Divulgação

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O mês de maio, além de tantas outras comemorações, destaca um dia especial para  homenagear aquela sobre a qual repousam, ainda, todas as responsabilidades na condição de educadora dos filhos, esquecendo-se que a mulher na sociedade atual deixou de ser apenas mãe para exercer muitas outras funções as quais devem ser conciliadas com a maternidade, com o casamento, com o lar.

Sempre que se fala em ser mãe vem à mente um amontoado de adjetivos que nos trazem a ideia de que para o sê-lo é preciso que se renuncie a tudo, pois por longos tempos prevaleceu a ideia de que mãe é símbolo de renúncia, abnegação, entrega total, presença constante, amor incondicional, submissão e tantas outras atribuições, negando à mulher que pariu o direito de ter vida própria, uma vez que era educada para dedicar-se com exclusividade ao lar no papel de esposa, mãe, educadora, cozinheira, costureira, arrumadeira… Tal visão não condiz com a mulher contemporânea que corre, batalha, educa, empreende, faz a diferença no mercado de trabalho, é parceira do homem na busca não só de um modo melhor de vida para a  família, mas também de sua realização pessoal e profissional.

Com as transformações sociais, econômicas e culturais o modelo de família foi modificando e a mulher outrora cuidadora, lança-se a novos desafios buscando seu lugar no mercado de trabalho complementando a renda familiar, mas acima de tudo buscando sua autonomia, conquistando seu espaço na sociedade até então dominada pelo homem. Surge assim um novo perfil de mulher que precisa conciliar maternidade, profissão, vida conjugal, amizades, atendendo a tudo e a todos sem prejuízo na qualidade de todas as relações, impondo a ela desafios por vezes enlouquecedores, mas cobrados pela sociedade, e que se bem dosados farão a felicidade de toda mulher.

Mas, é possível uma mulher conciliar todos os afazeres e ser uma boa mãe dando a assistência que os filhos precisam? Onde encontrará tempo suficiente? Os filhos serão menos amados e menos protegidos pela falta de convivência intensa? A resposta é óbvia: não é a intensidade de tempo que garante a educação e a felicidade de um filho, mas sim a qualidade do tempo a ele dedicado é que cria o vínculo e dá sustentação à família. De nada adianta estar de corpo presente, mas ausente nas necessidades que ele tem. É preciso saber aproveitar todos os momentos de forma prazerosa mostrando ao filho que é possível viver por ele, mas sem deixar de viver a própria vida.   A presença da mãe é crucial na formação dos filhos e existem muitas maneiras de se fazer presente mesmo realizando outras atividades que lhe faz sentir cada vez mais viva, mais mulher, mais cidadã. Ter tempo para os filhos é compromisso de toda mãe, mas eles precisam aprender a respeitar e valorizar o tempo que a mãe precisa para  desfrutar a própria vida.

Ser mãe é divino. É o maior desafio imposto a toda mulher, e vale lembrar que não existe no mundo “mãe perfeita”, mas é possível ser “boa mãe”, basta buscar maneiras para fazê-lo, lembrando que neste mundo louco, cheio de incertezas, só há uma certeza: o amor de mãe é tudo!