Segurança

Mãe viciada em crack perde a filha e faz ameaças

Criança de seis anos foi recolhida por conselheiras tutelares e encaminhada para a Casa Lar de Laguna

O crack surgiu no Brasil no início da década de 90, se disseminou rapidamente e, de forma avassaladora, vem destruindo pessoas, famílias e lares. Em Laguna, uma mãe perdeu a filha nesta semana por causa do vício. Ao se deparar com a realidade, a mulher de 31 anos surtou e fez ameaças de morte.

A criança de seis anos foi recolhida por conselheiras tutelares e encaminhada na quarta-feira para a Casa Lar de Laguna. A mãe e o padrasto estariam há pelo menos 15 dias fazendo uso diário da pedra de crack na comunidade da Malvina, deixando de proporcionar os direitos básicos à menina.

Com o recolhimento e totalmente desequilibrada pelo consumo do crack, a mulher se sentiu injustiçada e seguiu até o Conselho Tutelar do município. Como se tivesse razão, ela agrediu e passou a ameaçar a conselheira de morte ao exigir a criança de volta. “A acusada chegou a afirmar que sabia onde a filha da conselheira estudava e que também iria machucá-la”, acrescenta o delegado responsável por apurar o caso, Flávio Costa Gorla.

Durante a confusão, um policial à paisana estava no local e tentou controlar a mulher. Ele foi desacatado e também foi ameaçado de morte. “Ela foi presa, encaminhada para a delegacia e autuada em flagrante. No mesmo dia, a acusada foi levada para o Presídio Feminino de Tubarão”, aponta Gorla.

É em meio a situações como a de mães que fazem uso de crack e perdem o direito sobre seus filhos que o Brasil discute atualmente a descriminalização das drogas. Na prática, se aprovadas as alterações, os usuários poderão, livremente, consumir e guardar determinadas porções em casa.

Diário do Sul