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Maio Negro e 1ª Jornada de Africanidades inicia na próxima segunda-feira

Com o tema: “Quilombolas do sul: sujeitos e práticas” inicia na próxima segunda-feira, (13), a partir das 19h30min, no bloco P, sala 19, o XI Maio Negro e a 1ª Jornada de Africanidades. O evento está sendo promovido pela Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma (Copirc), da Secretaria do sistema de Educação, curso de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e Centro de Documentação e Memória (Cedoc) da instituição.

De acordo com a coordenadora do Cedoc e professora da Unesc Lucy Cristina Ostetto, o objetivo do evento é dar visibilidade as comunidades quilombolas localizadas em Praia Grande e Garopaba, todas do Sul de Santa Catarina. “Estamos contribuindo desta forma para ampliarmos o debate em torno da luta destas populações pelo direito à terra, da sua ancestralidade negra, relacionada à opressão histórica sofrida e da importância do patrimônio material, imaterial e natural, que estas comunidades com suas memórias, sujeitos e práticas nos revelam”, relatou a professora.

O evento vai ocorrer nos dias 13, 20, 25 e 29 de maio na Unesc e nas escolas da rede municipal. Na segunda-feira (13), haverá uma mesa redonda com a antropóloga e pesquisadora do Núcleo de estudos de identidades e relações inter-étnicas (NUER) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Raquel Mombelli e a Maria de Lourdes Mina, que é coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) e coordenadora Estadual da Educação Quilombola.

Para a coordenadora da Copirc, Geórgia dos Passos Hilário, o evento faz parte de uma construção de conhecimento e subsídio para que a Lei 10.639/03 seja levada para dentro das escolas. “É previsto a inclusão da história e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares, e através destas experiências será possível acontecer. Temos comprometimento em buscar com estas histórias e apresentá-las durante o Maio Negro”, declarou Geórgia.

Para a coordenadora da CopircIolanda Romeli Lima, o material organizado para o evento é muito rico. “Para o Maio Negro temos um material muito rico e nomes que com certeza irão acrescentar muito na história. Muitas pessoas não conhecem a vida dos quilombolas que residem no nosso Estado e daremos esta oportunidade. Este é o momento de buscar todas as informações necessárias aos profissionais que estão direta ou indiretamente ligados ao tema”, destacou a coordenadora.

No dia 13 haverá também a exposição fotográfica, com o mesmo tema do evento, sendo que as fotos foram tiradas nas comunidades de São Roque, no município de Praia Grande, Aldeia, em Imbituba e Morro do Fortunato, em Garopaba. Estão sendo esperados no evento comunidade acadêmica, principalmente os estudantes dos cursos de História, Geografia, Letras, Artes, Direito, por serem diretamente ligados ao tema, profissionais das rede municipal, estadual e particular de ensino e a comunidade em geral.