Saúde

Mais de 400 mil pessoas acima de 60 anos não receberam dose de reforço contra Covid em SC

Para especialista, dose é essencial para garantir maior proteção contra o vírus e casos graves da doença

Divulgação

Em Santa Catarina, mais de 404.594 mil pessoas com 60 anos ou mais ainda não tomaram a vacina de reforço contra a Covid-19. Segundo dados do Governo do Estado, a população que deve tomar a terceira dose nessa faixa etária é de 1.094.620 pessoas. Ou seja, 36,96% dos idosos estão com o esquema vacinal incompleto.

Desde setembro do ano passado, idosos estão aptos a tomar a dose de reforço em Santa Catarina. Além disso, para ampliar a cobertura, em dezembro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) definiu o intervalo de quatro meses para aplicação da dose extra após a segunda dose contra a Covid.

Porém, dados da SES apontam que houve uma queda na procura da dose de reforço em fevereiro. Por exemplo, entre 1º e 10 de janeiro, 162.201 vacinas foram aplicadas no Estado. Já nos dez primeiros dias desse mês, foram 135.590 – lembrando que a quantidade engloba as demais faixas etárias, como adultos entre 18 e 59 anos, que também estão aptos a receber o imunizante no Estado desde novembro.

Os números ligam um alerta em Santa Catarina, considerando o nível de transmissão da variante Ômicrom além do risco de óbitos e agravamento da doença, que é maior para as pessoas com o ciclo vacinal incompleto, de acordo com estudos.

Dados reunidos pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) mostram que entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, em Santa Catarina, a taxa de mortes causadas pela Covid-19 em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 47 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço do imunizante.

De acordo com o médico infectologista Tarcisio Crocomo, a dose de reforço é essencial para que organismo consiga ter um melhor sistema de defesa contra o vírus que causa a Covid-19.

— A dose de reforço faz o que chamamos de “booster” ou seja reforça e reativa os mecanismos de defesa. Os idosos são mais suscetíveis a perder essa “memória imune” do que as pessoas mais jovens. Então, o que acontece é que a imunidade vai diminuindo com o tempo e a dose de reforço reativa o sistema de defesa — pontua.

Até o momento, segundo os dados estaduais, 1.111.759 idosos com 60 anos ou mais completaram o chamado “esquema primário”, ou seja, foram vacinados com a dose única da Janssen ou com duas doses da Coronavac, Pfizer e Astrazeneca.

Ainda de acordo com especialista, quanto menor for a procura pelo reforço, maiores são as chances de manter o vírus circulando.

— Se a população não estiver tão protegida, a doença pode acometer mais pessoas e manter o vírus circulando. Ou seja, dá mais chances para o vírus — salienta.

Desde o início da pandemia, 194.983 casos de Covid-19 foram confirmados em pessoas nesta faixa etária em Santa Catarina. Em relação as mortes, foram 14.439 vítimas.

Dose de reforço em SC

Todas as pessoas com mais de 18 anos que receberam as duas primeiras doses da Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca há mais de quatro meses ou a dose da Janssen há mais de dois meses devem buscar a terceira dose do imunizante contra a Covid-19 no estado.

Com informações do NSCTotal

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