A carga saiu de Pedras Grandes e abasteceria vários estabelecimentos do Balneário Camacho
Na área de abrangência da Cidasc em Tubarão, hoje, existem 108 estabelecimentos com selo do Sistema de Inspeção Estadual (SIE/SC), outorgado pela companhia desde 31 de maior de 1995, quando foi instituído. Parece pouco, mas esta quantidade representa 15% dos locais com a garantia de inspeção em Santa Catarina.
Este alto percentual assegura que todos os produtos de origem animal são certificados, possuem procedência e obedecem um alto padrão de acondicionamento, transporte e processamento, o que garantem total segurança alimentar.
E é justamente por ter um índice tão alto de estabelecimentos certificados que ações de combate a quem trabalha de forma irregular são comuns, pois quem atua dentro da lei denuncia.
A regional da Cidasc promove pelo menos uma ação de fiscalização por semana, feita a partir de denúncia. Desde o começo deste ano até ontem, 20 operações neste sentido foram deflagradas.
Todas terminaram de forma positiva: com a apreensão e destruição da carga, além da penalidade aos responsáveis. A última ocorreu em Jaguaruna, onde meia tonelada de carne bovina, suína e derivados, transportada de forma irregular, foi descoberta.
As carnes estavam dentro de uma caminhonete, com placas de Capivari de Baixo. Os animais abatidos também não tinham origem, o que representa um risco ainda maior à saúde humana. A carga saiu de Pedras Grandes e abasteceria vários estabelecimentos do Balneário Camacho.
“O transporte era feito no assoalho do carro, sem refrigeração, o que é proibidíssimo. O proprietário da carga foi autuado em flagrante por trânsito irregular e comercialização de produtos sem origem comprovada. A carga foi apreendida e destruída”, detalhou o gerente regional da Cidasc, Claudemir Souza dos Santos, à reportagem do Jornal Notisul.
Faça a sua denúncia
A última operação deflagrada pela Cidasc em Tubarão, que culminou na apreensão de mais de 500 quilos de carnes em Jaguaruna, foi realizada em total sintonia com a Vigilância Sanitária do município.
Esta parceria afinada entre os dois órgãos é essencial para que as operações sejam um sucesso. À Cidasc, cabe a fiscalização e autuação no âmbito do setor produtivo e de transportes.
Já aos órgãos municipais, cabe a inspeção dos estabelecimentos que vendem produtos como carnes, pescados, aves, leite ovos e derivados de todos eles.
“A insistência em vender produtos não inspecionados ainda é grande. A Cidasc investiga todas as denúncias e, se a irregularidade é encontrada, a lei é aplicada com rigor”, atesta o gerente regional do órgão em Tubarão, Claudemir Souza dos Santos.
O consumo de produtos sem origem pode causar doenças graves, inclusive à levar a morte, como a leptospirose, brucelose e cisticercose. Além de comprar em locais confiáveis, é importante atentar para a embalagem, onde deve constar o selo do SIE/SC.
Serviço
Qualquer pessoa pode – e deve – denunciar pessoas que vendem produtos de origem duvidosa, especialmente quando é vendido de porta em porta. Para isso, basta informar à Cidasc. O telefone é o 0800-6439300 . A ligação é gratuita e sigilosa.