
Fotografia retirada do site usatoday.com (meramente ilustrativa)
Em 30 de junho de 1963, a Itália foi sacudida por um ataque brutal promovido pela máfia siciliana. Conhecido como o Massacre de Ciaculli, o atentado evidenciou a escalada de violência entre clãs rivais e marcou uma mudança profunda na forma como o Estado italiano lidava com o crime organizado.
Durante a tarde de 30 de junho de 1963, um carro contendo um dispositivo explosivo explodiu no bairro Ciaculli, em um subúrbio da cidade de Palermo, no sul da Itália, depois que agentes da lei tentaram desarmá-lo após receberem uma denúncia anônima por telefone. No incidente, 7 policiais acabaram morrendo.
O atentado gerou comoção em todo o país. Pela primeira vez, a violência da máfia alcançava diretamente as forças do Estado de forma tão devastadora, o que desencadeou uma reação institucional inédita no país.
Como resposta ao massacre, o parlamento italiano aprovou, em dezembro de 1963, a criação de uma Comissão Parlamentar Antimáfia, responsável por investigar a presença e a influência das organizações criminosas nas instituições públicas e na sociedade civil. No entanto, o relatório final da comissão só seria publicado em 1976, revelando o grau de infiltração da máfia nas estruturas estatais e privadas do país.
Embora o atentado tenha sido inicialmente atribuído ao mafioso Pietro Torretta, investigações posteriores apontaram Michele Cavataio, chefe do clã Acquasanta, como o verdadeiro autor intelectual da ação. Segundo revelações, Cavataio planejou o atentado como forma de acirrar os conflitos entre facções e consolidar sua posição no submundo mafioso. Ele foi morto em dezembro de 1969 como retaliação a esse incidente. Vale ressaltar que no mesmo dia desse massacre, ocorreu outro, também com carro-bomba na comuna de Villabate, tirando a vida de dois civis.
Fonte consultada:
WIKIPÉDIA. Ciaculli massacre. Disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/Ciaculli_massacre Acesso em 30 jun. 2025