Geral

Medicamentos de uso contínuo podem ser retirados em farmácias alternativas

Moradores não precisam recorrer somente a unidades de saúde

Foto: Lucas Sabino

Foto: Lucas Sabino

As despesas com medicamentos pesam significativamente no orçamento de muitas famílias Brasil afora. O apoio do Poder Público, nestes casos, alivia de maneira decisiva o montante de despesas e proporciona ganho de qualidade de vida a essas pessoas. Por força do hábito, a maior parte da comunidade de Criciúma recorre às unidades básicas de saúde distribuídas pelo município, mas outras alternativas são oferecidas à população, como os programas Farmácia Popular e Farmácia Escola.

Uma rede constituída em parceria com o Ministério da Saúde forma o Programa Farmácia Popular. A administração municipal participa com um núcleo central da unidade própria instalada na rua Henrique Lage. No local são disponibilizados 97 medicamentos considerados essenciais da atenção básica. O usuário pode retirar gratuitamente remédios para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, ou adquirir com até 90% de desconto remédios para diversos tipos de doenças “comuns”.

O Programa Farmácia Popular conta ainda com diversas farmácias e drogarias privadas. Elas podem ser identificadas com o selo “Aqui tem Farmácia Popular” e também possuem uma lista de itens abatidos em até 90% do preço.“Qualquer pessoa pode vir a uma das farmácias com prescrição médica do SUS ou particular e adquirir o remédio. Se houver necessidade de uso contínuo, a receita vale por seis meses”, explica a farmacêutica gerente da Farmácia Popular da rede própria, Andreza Dassoler Mota.

Em complemento à Farmácia Popular, o Município possui em parceria com a secretaria de Estado da Saúde e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) o Programa Farmácia Escola. A estrutura instalada na instituição de ensino fornece remédios para enfermidades graves e raras, às quais os tratamentos é mais oneroso. Entre as 70 doenças arroladas estão: esquizofrenia, asma grave, transplantes, endometriose, artrite reumatóide, lupus eritematoso, doença de alzheimer, etc.

A retirada de medicamentos não é exclusiva para usuários do SUS, conforme a coordenadora do Serviço de Farmácia das Clínicas Integradas da UNESC, Indianara Reynaud Toreti Becker. “O paciente deve abrir processo administrativo, trazendo receita médica atual, comprovante de residência, cartão SUS e uma série de exames de acordo com a doença diagnosticada. O fornecimento dos medicamentos depende de aprovação do processo pela Secretaria Estadual de Saúde, em conformidade com os protocolos clínicos”, elucida.

A existência dos serviços não é conhecida por muitas pessoas. Segundo Andreza, a Farmácia Popular oferece medicamentos a aproximadamente 80 pessoas por dia. “São alternativas de apoio à rede municipal com uma função muito importante. Em alguns períodos as unidades básicas possuem dificuldades de suprir as demandas de distribuição de remédios e nos casos de necessidade urgente os pacientes podem recorrer a esses locais”, enfatiza a secretária do Sistema de Saúde, Geovânia de Sá.

A Farmácia Popular da rede própria da Secretaria do Sistema Municipal de Saúde fica aberta das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia, na Rua Henrique Lage, número 240, sala 2, Centro. O local disponibiliza antibióticos, antiinflamatórios, analgésicos, antitérmicos, anticoncepcionais, medicamentos para convulsão, queimadura, depressão, mal de Parkinson, verminoses, infecções, úlcera gástrica, para cardíacos, enxaqueca, cólica e alergias.

João Pedro Alves/Decom Prefeitura de Criciúma