Saúde

Médicos do Hospital Materno Infantil Santa Catarina poderão suspender a greve ainda hoje

Os atuais administradores da instituição, o ISEV, se comprometeram em quitar o valor referente aos três meses de salários médicos atrasados.

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo A Tribuna

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo A Tribuna

Após um dia inteiro sem serviços prestados à população, provavelmente a greve instalada no Hospital Materno Infantil Santa Catarina – Hmisc deverá ser suspensa pelos médicos. Os atuais administradores da instituição, o Instituto de Saúde e Educação Vida – ISEV, se comprometeram em quitar o valor que falta da dívida, referente aos três meses de salários médicos atrasados.

Para evitar que a paralisação continue, o ISEV deve depositar a verba até o meio dia na conta da JC Médicos, a empresa que contrata os profissionais. Se a direção cumprir o prometido, o corpo clínico retomará os serviços no Pronto Socorro, que até então está atendendo apenas casos de urgência e emergência.

“A partir do momento que houver o depósito do valor que falta, nós iremos voltar, seja a hora que for. Mas, houve uma assembleia e nós decidimos que só voltamos com 100% dos valores”, diz o diretor clínico do hospital, Eduardo Ali Dominguez.

De acordo com o profissional, os R$ 790 mil depositados pela Prefeitura Municipal de Criciúma na segunda-feira (12), pagavam apenas os salários atrasados de junho e julho, deixando em aberto o mês de agosto. De acordo com o diretor técnico, Leon Iotti, o ISEV se comprometeu com esse pagamento em reunião realizada no início da noite de ontem. Com o objetivo de cobrar um posicionamento do instituto ISEV, o presidente do Conselho Superior de Gestão Júnior da Prefeitura, Silvio Ávila Júnior, manteve contato com o ISEV durante toda a tarde de ontem, assim como a JC Médicos.

“Após a intermediação do ISEV com a JC, está tudo praticamente certo, o pagamento deve acontecer. Estivemos a tarde inteira conversando sobre isso, intermediando essa negociação”, diz Ávila. Para mais detalhes, a reportagem tentou entrar em contato com a direção do hospital, mas as ligações novamente não foram atendidas.

Profissionais pedem desligamento

Mesmo se for devidamente paga, a equipe de 46 médicos do hospital deverá ficar menor a partir do próximo mês. Conforme o diretor técnico, em decorrência da atual situação, pelo menos cinco profissionais já pediram desligamento da instituição. “Iremos manter o mesmo grupo, mas algumas baixas serão irreversíveis e já foram comunicadas previamente. Para outubro teremos alguma dificuldade”, afirma Iotti, também médico pediatra do hospital.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna