Segurança

Membro de facção é indiciado por quatro crimes pela DPCAMI

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

Ranulfo Souza, de 42 anos, acusado de manter duas garotas de programa em cárcere privado sob ameaça de arma de fogo, de obrigar as vítimas a usarem drogas e também por violência sexual pelo delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso – DPCAMI de Criciúma, Fernando Possamai.

Souza foi indiciado duas vezes por cárcere privado, um deles qualificado por uma das vítimas ser menor, pelo estupro contra uma adolescente e por oferecer substância entorpecente também a menor, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. A documentação já foi encaminhada ao Fórum para análise do Ministério Público – MP. Por uma das vítimas ser adolescente e por tratar de crime sexual, o processo tramitará em segredo de Justiça.

O acusado, que disse ser faccionado ao Primeiro Grupo Catarinense – PGC, foi preso na tarde de 18 de agosto, em um apartamento localizado na área central de Criciúma, onde cometia os crimes, pelos policiais civis da DPCAMI. Preso, negou os delitos "alegando" que as vítimas eram garotas de programa.

Uma das vítimas foi uma adolescente de 16 anos no início de agosto. Conforme apurou a investigação, em um primeiro momento, ela manteve relação sexual com o acusado de forma consensual, porém, depois foi coagida à prática, obrigada a usar drogas, agredida e ameaçada com uma arma de fogo. Ela teria ficado em cárcere privado por 12 horas.

Devido às agressões, a vítima chegou a procurar o hospital onde a polícia foi informada do caso, dando início às investigações. "Ela fez uso de drogas, cocaína no caso, e devido à lesão corporal, comprovada em exame, cogitou que pudesse ter sido vítima de um estupro coletivo", relatou o delegado na época. Além deste caso, a Polícia Civil também descobriu que uma jovem de 20 anos foi mantida por três dias em cárcere privado.

Com informações de Talise Freitas / Clicatribuna