Segurança

Mensageiro: Antônio Ceron é solto e pode voltar à prefeitura de Lages

Já o ex-secretário de Serviços Públicos de, Eroni Delfes Rodrigues, foi solto sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias

Foto: Redes Sociais

O prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), e o ex-secretário de Meio Ambiente, Eroni Delfes Rodrigues, foram soltos nesta quinta-feira, 20. Eles foram presos na Operação Mensageiro, suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitações.

A informação foi obtida com exclusividade pelo repórter, Felipe Kreusch. Com a decisão da desembargadora Cinthia Schaefer, o prefeito Ceron, que estava em prisão domiciliar, volta ao cargo. Já Delfes foi solto sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias.

Ainda conforme o despacho, ambos estão proibidos de manter contato com colaboradores premiados da Operação Mensageiro até a enunciação da sentença.

A Câmara de Vereadores de Lages informa que estava aguardando o julgamento, porque há um pedido de impeachment que seria apreciado após o recesso. A Câmara volta aos trabalhos em 1° de agosto. Já a prefeitura de Lages afirma que irá cumprir a determinação.

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A defesa de Ceron informou, em nota, que “recebe com espírito de justiça a decisão tomada pela 5ª Câmara Criminal do TJSC no dia de hoje, através do voto condutor proferido pela Eminente Relatora, revogando a prisão domiciliar e todas as medidas cautelares anteriormente impostas”.

Além disso, reitera o compromisso do prefeito de seguir colaborando integralmente com o Poder Judiciário “na busca da verdade real sobre os fatos e a sua incondicional inocência”.

Audiências em Lages

Nesta semana, foram realizadas audiências na segunda (17) e terça-feira (18) na comarca de Lages, onde foram ouvidas testemunhas de defesa e os réus. Os agentes públicos acusados de receber propinas prestaram depoimento, assim como o dono e funcionários da Serrana Engenharia, atual Versa, que detalharam como funcionou o esquema por meio de delação premiada.

Segundo o proprietário da Serrana, os valores de propina repassados aos agentes públicos chegaram a cerca de R$ 1,9 milhão.

Durante a audiência, o ex-secretário Serviços Públicos de Meio Ambiente de Lages, Eroni Delfes Rodrigues, confirmou que recebeu R$ 70 mil da antiga Serrana, mas negou que o valor era propina, e sim uma “ajuda” para financiar campanha política.

“Em parte as denúncias são verdadeiras”, disse o ex-agente público, que foi solto nesta quinta.

O ex-secretário de Administração e Fazenda do município, Antônio Cesar Alves de Arruda, já estava em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica, sob a condição de não se encontrar com outros membros do processo.

Entenda a Operação Mensageiro

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O MPSC investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado por proibição judicial.

Com informações ND+