Segurança

Meta da polícia agora é localizar a mãe da menina

Foto: Divulgação

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O inquérito policial instaurado para apurar o assassinato de Carol Seidler Calegari, de 7 anos, foi entregue nesta sexta-feira no fórum de Tubarão. A menina foi encontrada morta no dia 22 de dezembro do ano passado dentro de um quarto em sua casa, no bairro Monte Castelo.

Silvana Seidler, de 48 anos, mãe de Carol, foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado (crime hediondo) praticado mediante asfixia por esganadura, meio cruel e ocultação de cadáver. Somados ainda ao agravante de um crime praticado contra descendente e com aumento da penalidade para um terço pelo fato da vítima ser menor de 14 anos. 

“Desde o dia 23 de dezembro, ela é procurada e está inserida em todos os sistemas policiais brasileiros. Temos quase certeza que ela está sendo ajudada por alguém por questões financeiras por apresentar ser uma pessoa articulada e com instruções, já que ocupava um cargo de liderança dentro da empresa em que trabalhava”, afirma o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Cidade Azul, Rubem Antônio Teston da Silva.

O delegado acrescenta que não há dúvidas por parte da polícia de que Silvana seja a única responsável pelo assassinato da própria filha. “Muitas diligências não dependiam somente de nossas investigações. Precisávamos reunir provas e, para que isto fosse realizado, necessitávamos de laudos periciais, executados pelo Instituto Geral de Perícias e que precisavam de um tempo para serem finalizados e isso ocorreu, mas somente no início deste mês”, explica Rubem.

Conforme o investigador, a mãe de Carol desapareceu logo após comparecer à Delegacia da Criança, do Adolescente, e de Proteção à Mulher e ao Idoso de Tubarão (Dpcapmi) junto com familiares para registrar o sumiço da filha e nunca mais foi localizada. “Ela não passou por sua residência, não levou documentos pessoais e não tinha cartões de crédito, sumiu com a roupa do corpo. Sua bolsa ficou dentro do carro de um parente que a acompanhou à delegacia.”, informa Rubem.

A vítima

Carol foi encontrada por volta das 23 horas dentro de uma caixa de papelão coberta com várias roupas, com sinal de esganadura por asfixia, em um quarto fechado da casa onde morava com a mãe. Lugar que não dormia ninguém e havia muitos objetos e roupas espalhados pelo cômodo. “O laudo pericial não apresentou ingestão de qualquer substância tóxica ou medicamento. No exame cadavérico, o horário da morte da menina coincide com o mesmo em que testemunhas afirmam que foram até a residência da Silvana perguntar pelas crianças (Carol e o irmão) e a mãe, de uma das janelas, respondeu que estavam brincando e outras vezes respondia que estavam dormindo. A menina já estaria morta”, completa Rubem.

A casa

A morte de Carol continua a repercutir nas redes sociais e nas últimas semanas algumas fotos foram postadas de pessoas que saíam da residência de Silvana com alguns objetos, informações que para a polícia não faz mais parte das investigações na propriedade. “O poder da polícia, do delegado, de manter o imóvel intacto, segue somente até a realização da perícia para manter a casa isolada de qualquer alteração após o crime. Depois destas análises, não nos compete mais este isolamento”, informa Rubem.

Com informações do jornal Notisul