Saúde

Ministério da Saúde investiga quatro casos de hepatite misteriosa em SC

Ao todo, seis casos foram notificados no Estado, mas dois foram descartados, segundo boletim do Ministério da Saúde

Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde investiga quatro casos de hepatite misteriosa em Santa Catarina. Ao todo, seis casos foram notificados no Estado, mas dois foram descartados.

Os dados constam em boletim do Ministério da Saúde publicado nesta segunda-feira (6). Há um caso provável da doença no Mato Grosso do Sul e um caso suspeito em Minas Gerais.

Até o momento, foram notificados 107 casos da hepatite misteriosa em 17 Estados brasileiros. Destes, 69 estão em investigação, além do caso provável e do caso suspeito. Foram descartados 36 casos.

Cinco mortes foram registradas no Estados do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão e Rio de Janeiro.

São Paulo é o Estado com o maior número de casos em investigação: 16. Na sequência, vem Minas Gerais (11) e Ceará (9). No Sul, cinco casos são investigados no Rio Grande do Sul e dois, no Paraná.

O Ministério da Saúde não deu detalhes sobre os pacientes em Santa Catarina.

No mundo, 650 casos são considerados prováveis e 99 estão em investigação espalhados por 33 países. Foram contabilizados nove mortes em decorrência da doença na Irlanda, Indonésia, México, Palestina e Estados Unidos.

Sala de situação

Em meados de maio, o Ministério da Saúde criou uma sala de observação para monitorar os casos de hepatite aguda infantil, que ainda tem origem misteriosa.

De acordo com a pasta, a proposta é investigar os casos da hepatite notificados em todo o país, além de fazer um levantamento de evidências para identificação de possíveis causas para a doença.

O que é a hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ter diversas causas, que geralmente vão desde infecções virais até consumo excessivo de álcool, alguns medicamentos e substâncias tóxicas.

Os principais vírus que causam hepatite são A, B, C, D e E. Há ainda as hepatites autoimunes, que são doenças crônicas em que o próprio sistema imunológico do indivíduo ataca as células do fígado, causando inflamação e alteração da função do órgão.

A característica principal e comum a todos os pacientes da hepatite misteriosa é que não apresentam infecção por nenhum dos cinco vírus causadores de hepatite nem tiveram exposição em comum a algum agente tóxico capaz de desencadear a doença.

O principais sintomas registrados em hospitais do mundo são icterícia (pele e parte branca dos olhos amareladas) e manifestações gastrointestinais, como dor abdominal, vômito, diarreia e náusea.

O ECDC (Centro Europeu de Controle de Doenças) recomenda o reforço de boas práticas gerais de higiene das mãos e limpeza e desinfecção de superfícies. A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) sugere medidas que protejam da infecção pelo adenovírus como o uso de máscara.

O mais indicado é que pais observem os sintomas da doença e, ao suspeitarem de hepatite, procurem um serviço de saúde. A relação da hepatite misteriosa com as vacinas contra Covid-19 foi descartada.

Outras doenças

A SES (Secretaria do Estado da Saúde) confirmou nesta terça-feira (7) que Santa Catarina registrou o segundo caso suspeito da Monkeypox, a varíola do macaco. O caso foi notificado ao Estado pela prefeitura de Blumenau no último domingo (5).

Outra doença que preocupa é a meningite, que atinge principalmente crianças de 0 a 6 anos e idosos. O cenário é de alerta uma vez que as taxas de vacinação contra a doença estão em queda em Santa Catarina.

Em 2021, apenas 81% do público alvo foi imunizado no Estado: é a taxa mais baixa dos últimos dez anos.

O último mapa de alerta epidemiológico municipal aponta que 78 cidades de Santa Catarina estão em nível alto de risco para a Covid-19. Até esta segunda-feira, o Estado soma 12.110 casos ativos da doença.

Com informações do ND+

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