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Ministério Público e JBS assinam acordo para resolver problema de mau cheiro no São Luiz

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

O Ministério Público e a empresa JBS assinaram, na tarde de terça-feira, um acordo para solucionar os problemas de mau cheiro e fumaça exalados pela fábrica de ração localizada no bairro São Luiz, em Criciúma. A empresa se comprometeu a realizar as medidas e obras necessárias para a eliminação dos odores dentro de um prazo de 100 dias.

Em entrevista ao programa Adelor Lessa de hoje, o gerente geral da JBS Foods para o Sul de Santa Catarina, Ricardo Ximenes, explicou que o prazo de 100 dias é o período necessário para a confecção e instalação de equipamentos específicos para resolver os problemas.

“Esse tempo é o mínimo necessário para a construção desses equipamentos, da confecção deles, uma vez que são complexos. Não são equipamentos simples, que a gente encontra nas lojas facilmente. São fabricados sob encomenda, a partir de um estudo do volume, da necessidade de tratamento”, explicou em entrevista à Rádio Som Maior.

Segundo o gerente, os equipamentos são fabricados no Brasil e devem ser instalados até o fim da primeira quinzena de outubro.

Motivo dos odores e da fumaça

Também participou da entrevista o coordenador das fábricas da JBS Foods para o Sul de Santa Catarina, Juliano Roman. Ele explicou que é o processo de resfriamento da ração que provoca os odores emitidos pela fábrica.

“Após aquecida, a ração passa por uma etapa onde o ar resfria, tirando da ração a temperatura e a umidade. É nesse processo que ocorre a emissão do cheiro na chaminé da fábrica. Isso é inevitável, faz parte do processo. É o cheiro característico do processo de peletização”, explicou.

Já a fumaça que incomoda os moradores no entorno da fábrica é proveniente da queima do combustível na caldeira para a geração de vapor. Segundo o coordenador, os equipamentos que serão instalados resolverão ambos os problemas.

JBS na região

Atualmente, a JBS opera diretamente com 4500 colaboradores, empregados nas fábricas de Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza e Morro Grande. Segundo Ximenes, são produzidos de 45 a 50 mil toneladas de ração por mês. Essa produção é responsável por alimentar os frangos produzidos por 750 avicultores da região.

Com informações de Suelen Bongiolo / Clicatribuna